Carlos Wizard (feiticeiro ou mago, como preferir) Martins, o bem sucedido bilionário curitibano citado na revista Forbes, ora investigado na CPI da Covid por possível envolvimento com as negociatas escandalosas das vacinas, precisa ser investigado à exaustão diante da inacreditável rede de negócios espalhados pelo planeta, um prato cheio para proteger e beneficiar lixos humanos, caso dos propineiros que não medem esforços para preservar seus lucros altíssimos, tendo como alvo principal o dinheiro público.
Será uma grande frustração para o povo brasileiro se a CPI não punir exemplarmente esses bandidos, dolorosa expectativa dos menos favorecidos que tentam sobreviver à custa de auxílios emergenciais irrisórios, liberados a fórceps, como se tal ajuda não fosse proveniente dos impostos extorsivos pagos pelo contribuinte e muita pressão dos parlamentares preocupados com a fome e a desigualdade social. Por outro lado, é preocupante sob todos os aspectos, sem que haja justificativa plausível, a chegada de um emissário da CIA no exato momento em que são apurados atos de corrupção envolvendo a patota do genocida, negacionista de extrema habilidade em escapar pela tangente.
Pelos menos até agora. Quem viveu o golpe de 1964 continua sentindo na pele a funesta participação da CIA, diretamente responsável pelas torturas e assassinatos de líderes estudantis, políticos, intelectuais, entre outros que não rezavam na cartilha de tio Sam. Em 2022 teremos a oportunidade única de resgatar em definitivo a credibilidade das instituições, com ênfase para as casas legislativas, através do voto eletrônico, colocando na presidência da República o Mandela brasileiro, para desespero do segmento elitizado que jamais bateu um prego pelo Brasil, mas há de testemunhar - ainda que esperneando -, a vitória de Lula no primeiro turno. Saber esperar é uma virtude.
Jorge Braga Barretto
Contato: jbbarretto@gmail.com
(*) Publicado no Jornal A Tarde, (Espaço do Leitor), edição de 07.07.2021.