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Com deságio de 8%, consórcio Via Brasil vence leilão da BR-163/230

Concessão será válida por dez anos, renováveis por mais dois

08/07/2021 às 16h20
Por: Redação Fonte: EBC
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© José Cruz/Agência Brasil
© José Cruz/Agência Brasil

O consórcio Via Brasil venceu hoje (8), na B3, a bolsa de valores de São Paulo, o leilão de um trecho de cerca de mil quilômetros de rodovia que liga Mato Grosso até a Hidrovia do Tapajós (BR-163 e BR-230). Único concorrente do pregão, o consórcio apresentou oferta de R$ 7,86 de pedágio por 100 quilômetros, valor 8,09% inferior ao preço máximo aceito, de R$ 8,56 por 100 quilômetros. 

O Via Brasil deverá fazer investimentos de R$ 1,8 bilhão em segurança viária e manutenção e mais R$ 1,05 bilhão em serviços ao usuário. O sistema rodoviário tem 1.009,52 quilômetros de extensão entre Sinop (MT) e Miritituba (PA), e é um dos principais corredores para escoamento da safra de grãos da região, principalmente soja e milho.

“É um passo muito importante para o nosso agronegócio, sem dúvida nenhuma. Um passo intermediário, é verdade, porque a Ferrogrão [ferrovia que deve ser instalada na região] vem aí. Isso explica porque esse período de concessão é mais curto, porque esse modelo é um pouco diferente dos modelos das outras concessões que nós temos”, disse o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. 

Validade

A concessão será válida por um período de dez anos, renováveis por mais dois. O leilão ocorreu em modalidade internacional, sendo considerado vencedor o concorrente que apresentou menor valor no pedágio. 

“Considerando a recente conclusão da pavimentação do trecho, faz-se necessário realizar melhorias complementares, tais como acostamentos, faixas adicionais, vias marginais e acessos, bem como reforçar estruturalmente o pavimento e realizar manutenções periódicas, de forma a garantir a sua longevidade”, destacou, em nota, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

As principais melhorias deverão ser feitas até o quinto ano da concessão, incluindo 42,87 quilômetros de faixas adicionais, 30,24 quilômetros de vias marginais, acessos definitivos aos terminais portuários de Miritituba (PA), Santarenzinho (PA) e Itapacurá (PA), oito novos dispositivos de interconexão em desnível, sete passarelas de pedestres e implantação de 340 km de acostamentos.

O consórcio vencedor é composto pela Conasa Infraestrutura, Zetta Infraestrutura e Participações, Construtora Rocha Cavalcante e M4 Investimentos.

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