A confiança do comerciante brasileiro subiu pela segunda vez consecutiva em julho, de acordo com o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
“O indicador seguiu ascendendo em um ritmo forte, com avanço de 11,7% em relação ao mês anterior, chegou a 107,8 pontos e voltou para a zona de satisfação, o que não acontecia desde março deste ano. Em comparação com julho de 2020, o crescimento foi ainda maior: 55,6%”, informou a CNC.
De acordo com a pesquisa, o resultado renovou a tendência otimista verificada em junho, quando o Icec registrou crescimento mensal de 12,2% e encerrou um período de cinco quedas seguidas.
“O índice passou a refletir o alento das expectativas dos comerciantes quanto à evolução das medidas de estabilização econômica. A avaliação positiva retrata, principalmente, a percepção de que as condições gerais da economia estão mais favoráveis”, disse, em nota, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, acrescentando que o avanço da vacinação permite ao país vislumbrar um segundo semestre melhor para o ambiente de negócios.
Segundo o levantamento, com os fortes avanços nos dois últimos meses, o Icec se aproximou do nível de satisfação alcançado em novembro do ano passado (108 pontos). “Isso reforça a relevância desse resultado, pois as perspectivas nesse período de 2020 eram boas por conta da esperança com as vendas de fim de ano”, disse o economista da CNC responsável pela pesquisa, Antonio Everton.
Segundo Everton, fatores como a disponibilização da terceira versão da linha de crédito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) também podem ter contribuído para a melhora da percepção dos empresários neste mês.
Em julho, todos os componentes do Icec subiram, o que não acontecia desde setembro de 2020. O destaque ficou por conta do indicador que avalia as condições atuais da economia, do setor e da empresa, que apresentou crescimento mensal de 29,2%, atingindo 81,5 pontos.
Em relação à situação econômica do país, houve percepção positiva mais significativa, com 35,8% do total de entrevistados afirmando que a economia melhorou, contra 24,8% no mês anterior. Este resultado impactou diretamente o subíndice que mede as intenções de investimento do empresário do comércio, que avançou 8,5% na comparação com junho.