Professores da rede estadual e das escolas de 74 municípios de Sergipe - exceto a capital - decidiram, em assembleia unificada, realizada nesta quarta-feira (21), manter a greve contra retorno presencial das aulas e o compromisso de continuar ministrando aulas remotas. A informação é do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (SINTESE). O estado prevê o retorno das aulas presenciais no dia 17 de agosto.
A categoria pede a completa imunização dos trabalhadores da educação, com a segunda dose da vacina contra a Covid-19, escolas com condições sanitárias e pedagógicas e a testagem em massa dos estudantes. A categoria cita ainda, o auxílio tecnológico, revisão do piso salarial e a revogação do desconto dos 14% dos proventos dos aposentados.
“Ainda estamos em pandemia, a maior parte da população ainda não está imunizada, por isso não podemos naturalizar um retorno às aulas presenciais nas escolas públicas, nas atuais condições. Nossa luta é em defesa da vida e não somente a nossa, mas dos demais trabalhadores e trabalhadoras das escolas, dos estudantes e das famílias. Não há como voltarmos às aulas presenciais no cenário que está posto, por isso continuaremos na resistência e ministrando as aulas remotas até que tenhamos as condições para retorno”, disse a presidenta do Sintese, Ivonete Cruz.
O Sindicato informou que todos os gestores municipais estão cientes desde a primeira assembleia, realizada no dia 04 de maio, de que os professores estão em greve contra as aulas presenciais e que se comprometeram a continuar com as aulas remotas. Ofícios também foram enviados após a assembleia do dia 09 de junho e eles foram notificados do resultado da assembleia desta quarta (20).
O que diz o governo
A Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc) mantém o direito dos alunos de retornarem as aulas presenciais a partir do dia 17 de agosto, já que as escolas estão prontas para receber com segurança toda a comunidade escolar. A Seduc reforçou que prioriza as diretrizes da Organização Mundial da Saúde e do Conselho Nacional de Educação.
E que as medidas adotadas para garantir segurança a alunos, professores e funcionários são consideradas as melhores do país por um colegiado de pesquisadores da USP. A Seduc informou que disponibilizou um rigoroso protocolo de segurança, contratou mais profissionais e fez melhorias na infraestrutura escolar. E que imuniza como prioridade os profissionais da educação.
Fonte: G1