O pirracento e vingativo brutamontes que insiste em continuar à frente do Esporte Clube Vitória, terminou por colocar o decano numa situação praticamente irreversível, se levarmos em consideração o elenco de péssima qualidade, com certeza o pior de sua história. Do jeito que vai, em queda livre, termina segurando a lanterna. Faço questão de frisar que o ex-dirigente do arquirrival, responsável direto pelo nosso rebaixamento em 2005, jamais perdoou ser defenestrado naquele ano, e deu o troco com o imediato ingresso de ações judiciais, exigindo indenizações milionárias. Felizmente, sem sucesso.
Bolsominion declarado, aprendeu a semear a cultura do ódio na frustrada tentativa de transformar nosso santuário num curral, logo o clube que tem como ícone da resistência o inesquecível Carlos Marighella, que leva o nome de uma das torcidas organizadas, a Brigada Marighella. Se os torcedores rubro-negros conscientes não adotarem medidas para sanear esse mau exemplo de gestão, não somente seremos rebaixados como corremos o risco de desaparecer do futebol brasileiro, a exemplo de outros clubes tradicionais e queridos que nos deram tanta alegria no passado.
Punido mais uma vez pelo STJD, o arbitrário dirigente tem a obrigação de esclarecer de maneira convincente ao torcedor qual a fonte de pagamento das multas em razão das desobediências às decisões da referido tribunal, uma vez que é do conhecimento geral a péssima situação financeira, com salários atrasados de funcionários e jogadores, algo em torno de dois anos. Percebe-se pelas expressões faciais dos jogadores - a maioria de cabeça baixa -, o desestímulo, a desmotivação desde a entrada em campo.
Como consequência, no transcurso das partidas, predomina a apatia, ausência de marcação, principais fatores que justificam tantos empates e derrotas. Tanto é verdade, que desde o início das partidas, não há esquema de jogo, apenas toques laterais e recuos constantes para o goleiro. Uma lástima. A presença de meio time no departamento médico tem tudo a ver com a insatisfação dos atletas com o momento atual, principalmente aqueles que se sentem prejudicados com a imagem lá fora.
Um clube tradicional como o Vitória, que sempre honrou as tradições do futebol brasileiro, não pode ser condenado a frequentar permanentemente as divisões inferiores. Não queria estar na pele de Ramon Menezes no curto período em que comandou o catadinho inexpressivo. Até que tentou, mas é impossível tirar leite de pedra. Assim como André Catimba, Ramon é mais um craque consagrado que nos traz belas recordações, pelo caráter, dedicação e amor á camisa. Quando digo que o carlismo arruinou o futebol baiano, não é exagero, basta checar o continuismo dos cartolas que se arrasta há décadas, sem perspectiva de mudança. Fica fácil deduzir porque não largam o osso por nada nesse mundo.
Jorge Braga Barretto
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