A lei natural das coisas nos pregou mais uma peça, tirando do nosso convívio um dos decanos da perícia criminal, o perito Hélio Cidra Filgueiras de Souza, aos 86 anos.
Tive a felicidade e a honra de conhecê-lo em novembro de 1973, quando fui contratado como um dos cinco peritos criminais, por solicitação do Poder Judiciário. Formamos uma dupla duradoura e assim continuamos por longo período, prevalecendo sempre entre nós a união e o bom senso. Depois de instalar a Regional de Polícia Técnica em Itabuna, e ali permanecer até 1979, sozinho, mostrou que era mesmo o homem dos sete instrumentos, competente à toda prova.
Ao precisar retornar por motivos particulares, coloquei-me à disposição da diretoria para substituí-lo, o que de fato aconteceu. A consciência do dever cumprido e a certeza de que a vida continua, fazem de Helinho um exemplo a ser seguido por todos aqueles que buscam a verdade como razão de ser da atividade pericial.