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Mais um "herói" sepultado vivo, mais uma lenda sendo enterrada.

Os delegados que eram "portadores" destas equipes, sempre diziam: "vá e faça, que eu seguro..." Tá aí o resultado do "eu seguro".

07/09/2021 às 13h10
Por: Carlos Nascimento Fonte: Bel Luiz Ferreira
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A polícia civil da Bahia, viveu incontestavelmente, o seu apogeu, na década de 80/90, quando destemidos policiais, encorajados pelas denominações de superiores hierárquicos, como "linha de frente", "as de ouro", dentre outras denominações, se achavam intocáveis, e até inalcançáveis pela lei. 

Delegados de polícia "espertos", formavam equipes compostas por destemidos "canas", os quais seguiam cegamente aos comandos dos seus chefes, afinal fazer parte destas equipes, era como se sentir com o ego massageado, como um bálsamo de desejo alcançado pelo reconhecimento ao excelente trabalho desenvolvido. 

Os delegados que eram "portadores" destas equipes, sempre diziam: "vá e faça, que eu seguro..." Tá aí o resultado do "eu seguro".

Muitos destes policiais tiveram a vida precocemente ceifada, como foi o caso de Miraldo, Jorge César, Pedro Rodrigues e tantos outros. Já outros foram demitidos e da mesma forma tiveram um fim trágico, como Washington "Rasta", assassinado, e outros que tiveram que buscar refazer as suas vidas, com a mácula de ser um ex-policial. 

Quanto aos delegados? Ah! Uns sabiamente, se tornaram políticos, deputado, vereador, etc, e outros se aposentaram com salários em torno de R$ 35.000 (trinta e cinco mil reais). 

Finalizando, quanto ao "famoso" Juca, este está custodiado no manicômio judiciário, cumprindo medida de segurança, com condenação de pena transitada e julgada, superior a mais de quarenta anos. Agora, além de custodiado, com idade superior a sessenta anos, também é um desempregado...

Quanto aos trabalhos que realizou? Que trabalho? Ninguém mais lembra...

Pois é, esta é a verdeira história dos policiais que gostavam de ser chamado de "matador", "as de ouro", "linha de frente", os heróis sepultados vivos, e sem a mínima cerimônia, sem ninguém por perto para dar um adeus de solidariedade ao herói morto em vida. 

(Luiz Ferreira)

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