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Policial é presa no MA por se recusar a fazer hora extra por precisar amamentar o filho

A soldada da PM já denunciou caso de assédio e luta por direitos dentro da corporação

21/09/2021 às 06h44 Atualizada em 21/09/2021 às 06h59
Por: Antonio Kleber Fonte: Correio24horas
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Policial é presa no MA por se recusar a fazer hora extra por precisar amamentar o filho

Durante um evento no Centro Histórico de São Luís (MA), realizado no dia 05 de setembro, a soldada da Polícia Militar Tatiane Alves foi presa por se recusar a fazer hora extra para poder amamentar o filho, de 2 anos. Ela cumpria seis horas de trabalho em pé, sem pausa para alimentação, quando recebeu a ordem para estender o período do seu turno.

“Fui informada que o policiamento seria estendido até o término do evento, que a gente não sabia até que horário. Eu já estava sem condições físicas de permanecer, eu já estava cansada e não tinha tido nenhum tipo de alimentação. Eu estava com meu filho pequeno, que precisava de amamentação. Eu fui até o meu comandante imediato, expliquei a situação e, infelizmente, ele não me ouviu. Simplesmente, disse que, se eu não cumprisse a determinação dele, eu seria presa em flagrante por desobediência", relatou a policial, em entrevista ao JMTV.

Ela tentou reverter a situação, mas no final acabou presa. A ordem foi do tenente Mário Sérgio Oliveira Brito. O marido de Tatiane, que estava esperando ela sair do trabalho, filmou a ação. Ela foi levada em uma viatura para o Comando Geral da Polícia Militar, na capital maranhense, onde ficou detida por 24 horas.

“Fui conduzida por desobediência, onde só fui solta com o alvará de soltura. E também me surpreendeu porque, junto com o alvará, veio um ofício solicitando a minha transferência do batalhão, infelizmente”, contou.

2020, quando Tatiane trabalhava na cidade de Imperatriz, no interior do Maranhão, ela denunciou um caso de assédio e publicou um vídeo nas redes sociais contando, que viralizou. Ela acusou um comandante de assediá-la e de a impedir de trabalhar nas ruas por se recusar a ter relações sexuais com ele. No final, a PM acabou sendo transferida de batalhão, parando na capital.

Na ocasião, Tatiane foi denunciada por "crime militar", por supostamente manchar a imagem da polícia. O caso ainda está em processo.

Em setembro deste ano, a PM começou a realizar publicações no Instagram sobre abusos dentro da Polícia Militar. Ela se coloca a favor da desmilitarização e luta por direitos policiais, especialmente para as mulheres.

Correio 24hrs

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