Apesar de estar aposentado, gostaria de propor uma campanha de conscientização da classe policial, no sentido de desabastecer a imprensa de notícias. Olhem que eu falei notícias, não de informações. A grande diferença é que as "autoridades", quando estão a frente de uma investigação, ou de algum inquérito policial, que é interesse não divulgar, eles se restringem a dizer: "não podemos dá informações, pois se encontra em segredo de justiça". Já o policial adora uma proza com um repórter, o riso é solto durante as conversas, porém este mesmo repórter, não pensará duas vezes, momento em que o policial cometa algum deslize. A imprensa é a primeira a julgar, sentenciar e a jogar o nome do policial na lama. Este procedimento é sistêmico, passa ano e entra ano, e a história sobre se repete.
A pergunta que faço é a seguinte: o que o policial lucra em dar matéria para notícias a jornalistas? O policial não precisa disso para sobreviver, já a imprensa...
Portanto, os policiais deveriam se conscientizar, e criar um parâmetro de relação com a imprensa, onde ela reconheça os relevantes serviços que o policial faz, e que é indispensável para sociedade, isso se chama valorização.
Cria-se uma ferramenta de informações, para que a sociedade, e o Governo, fiquem sabendo, conhecendo e vendo a força da polícia. Quando isto acontecer, neste momento exato, com certeza acontecerá paralelamente, o amadurecimento da categoria, e sem dúvidas os holofotes estarão voltados para valorização do trabalho policial, e quando a categoria reivindicar melhorias salarias, terá a sociedade e a imprensa a seu favor, e o governo ficará encurralado, não lhes sobrando outra alternativa, a não ser atender aos pedidos reivindicatórios.
Na situação atual, fica muito difícil de conseguirmos alguma coisa. Falta discernimento, capacidade mínima de entendimento do quadro caótico que vivemos. Quando tem um movimento, comparece no máximo 1/6 da categoria, infelizmente o policial não tem compromisso com o futuro, apenas vive o presente...
Bel Luiz Ferreira
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