O Bahia só dependia dele. E era exatamente esse o problema. Um time medíocre, que abre o placar, faz o segundo, impedido e depois, sentou no resultado. Até que Matheus Bahia, faz um pênalti ridículo, digno de um time rebaixado e toma o empate.
O Segundo tempo prometia fortes emoções e… que nada. O Fortaleza jogava em ritmo de treino, não pressionava, dava a bola e esperava o Bahia errar. E fez até o roubo vergonhoso do VAR, pela milésima vez, marcar pênalti contra a gente. Conti com o braço colado ao corpo, a bola bate no braço, o juiz não dá, o VAR chama, e dessa vez, como é contra o Bahia, ele mudou a sua marcação. Virada dos donos da casa.
O Bahia caiu por seus próprios méritos. Um rebaixamento que começou lá atrás, quando não venceu o Cuiabá, quando tomou 3 gols do Galo em 6 minutos, quando não venceu nenhuma das duas partidas para o rebaixado Sport, quando foi goleado em casa pelo América ou até muito antes, quando a direção errou tudo que podia esse ano.
Escapou do rebaixamento de 2020 em janeiro, mas serviu apenas como ensaio. Devia estar no planejamento.
Vencemos a Copa do Nordeste e a euforia do campeonato mascarou as deficiências do time de Dado, que passou humilhantes 10 partidas sem vencer, na pior sequência da história do clube.
A diretoria trouxe um caminhão de jogadores ruins, trouxe um técnico argentino que não sabia nada de Brasil, demitiu com 2 ou 3 jogos, num raro momento de lucidez e reconhecimento de culpa. Dá pra escalar um time: Denis, Clayson, Isnaldo, Pablo, Oscar Ruiz (a maior contratação da história do clube), Gaudezani e Marcelo Cirino, primeiro reforço pra série B.
Apesar de tudo isso, veio pro jogo final dependendo só dele. Do Bahia. Era só vencer o Fortaleza no jogo de festa, que estava tudo bem. Mas dependia só dele. E esse foi o problema o ano inteiro.
Novamente Guto viu o adversário reforçando seu time e ficou esperando, esperando, esperando, aí quando tomou o gol, fez as alterações que pareciam tão óbvias desde o início do segundo tempo. Morreu abraçado com Rodriguinho até onde pode. Só tirou Capixaba porque ele se contundiu. Colocou Rodallega, o cara que foi o terror do goleiro do Fortaleza nos 4×0, quando a vaca já tinha ido pro brejo. E foi um festival de erros que a bola não perdoa.
Assisti ao jogo dividindo a tela com o jogo do Juventude. E dos 4 times que vi, o mais lerdo, era o nosso. O Corinthians jogou como se tivesse lutando por um prato de comida. Um cara chegou a ser expulso porque chutou o jogador do Juventude que fez cera. Era um time que não lutava por nada, mas tinha a dignidade de um grande.
O Bahia foi, de longe, o maior merecedor do rebaixamento nessa última rodada. O Grêmio caiu de pé. O Bahia, deitado em berço esplêndido.
Um bando de jogador mediano que se achavam craques. E como hoje não tinha o maluco do Rossi, que [e um dos poucos que demonstram garra e leva o time pra cima do adversário, morreu em sua própria apatia e soberba.
Minha previsão era de que todos os 3 ganhariam hoje e o Bahia ficaria. Mas no começo do segundo tempo a previsão era outra. Antes do tomar a virada, minha amiga Bethânia falou que iria dormir e esperar a gente dar notícias. E disse a ela que seriam ruins. E foi.
Bora Baêa Minha Porra!
Bora voltar a ser o representante do Estado na Série b. Uma vergonha que há muitos anos a gente não sentia. Mas dessa vez, merecidamente, iremos amargar.
Parabéns, Bellintani e Victor Ferraz. Esse rebaixamento é todo de vocês!
PS. A queda do Bahia não altera a tabela da série C do ano que vem. Importante esclarecer porque parece que restabeleceram o wifi da terceira divisão
p/Erick Cerqueira