ARTICULISTAS RAINHA DA INGLATERRA
Secretário da Segurança tampão
Subsecretário da Segurança: Esse sim, sabe o porquê está na SSP.
24/01/2022 11h03 Atualizada há 3 anos
Por: Carlos Nascimento Fonte: Crispiniano Daltro

Quem não está vendo que esse cidadão é tampão, no cargo de secretário da pasta de segurança pública, (depois da Operação Faroeste)?  Ora, ele foi justamente colocado aí, pra exercer esse papel funcional, a se prestar fazer, quem sabe, até baixar a poeira e concluir sua estadia até janeiro/2023. No mais, ele está no palácio apenas como "Rainha da Inglaterra". Não é de se estranhar essa estratégia, como também acreditar que ele não tem culpa alguma de ser indicado, pelo contrário deve estar sendo o coitado usado, como um laranja e não sabe.

Acredito que o enganaram. Na verdade, quem está ocupando a poltrona da pasta é outro ex-delegado de polícia, o bacharel em Direito Hélio Jorge. Esse sim, deve saber o porquê está ali.  Seria bem lembrar que o MPF derrubou todo o esquema montado na estrutura da secretaria de segurança pública, ao denunciar uma organização criminosa instalada no governo do Estado da Bahia - Executivo e Judiciário -, e um desses órgãos mais atingido a Polícia Civil, a ser desqualificada o sistema de polícia judiciária, departamento de investigação criminal. A criação do Setor de Inteligência, versão tupiniquim do DOPS, usurpou todas atividades dos investigadores de polícia e escrivães de polícia, utilizando apenas os delegados e peritos, que vinham cumprindo ordens do chefe maior na pasta.

O ex-secretário da segurança Maurício Barbosa, denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF), afastado da pasta que concentrava toda as funções policiais no seu gabinete, que transformou em uma Delegacia de Polícia, assumindo as atividades administrativas, desses dois cargos policiais. Salienta-se, que apesar de Maurício Barbosa ser também delegado de polícia federal, o mesmo estava afastado de suas funções na PF, daí o porquê utilizar os delegados da PC, que além do cargo possuir  prerrogativas constitucionais de autoridade policial, estavam em pleno exercício da função, para servir a ele em requerer da autoridade judicial principalmente os famigerados grampos telefônicos assim como determinar aos Peritos Oficiais criminalistas e Legistas a realização de atos a eles atribuídos por lei.  Já a parte de execução na investigação criminal, prerrogativa dos investigadores de polícia civil, documentais os escrivães de polícia, por não estarem atrelados ao regime militar, leia-se a “cumprir ordem sem perguntar”, apenas cumprir, optaram por militares a usurpar as funções policiais.

Uma das razões foi essa, de desenhar pela organização ainda viva. Uma delas foi não devolver a estrutura da Polícia Civil o prédio da superintendência de inteligência, que na verdade a nomenclatura original é Setor de Investigação, inclusive orçamento da polícia Civil.

Espero que a mudança de governo, se outro governador assumir, entregue definitivamente aquele prédio a Polícia Civil, que será assim sair da Piedade o gabinete da Diretora - Geral (Delegada Geral) para o Centro Administrativo da Bahia (CAB).

Enfim, infelizmente é aguardar até às eleições, ou melhor: conforme resultado, claro.

Crispiniano Daltro

Contato: crispinianodaltro@yahoo.com.br