Em tempo recorde, criminosos digitais já desenvolveram um golpe que usa como isca a plataforma criada pelo Banco Central para resgatar quantias remanescentes em contas antigas. Com uma ligação ou mensagem de WhatsApp, o fraudador entra em contato com a vítima e diz que ela tem dinheiro a receber. Para isso, porém, precisa clicar em um link enviado por e-mail ou aplicativo de mensagens.
Thiago Bordini, Head de Cyber Threat Intelligence da empresa de segurança digital Axur, diz que já detectou páginas e aplicativos falsos para consultas de valores, criados por golpistas:
"A ideia não é movimentar o saldo das contas porque o valor que cada indivíduo tem a receber costuma ser irrisório. A vítima é induzida a fornecer informações pessoais, CPF; dados dos bancos, como agência e conta; data de nascimento. E, depois, esses dados são usados para outros golpes."
O especialista em direito digital, Antonio Carlos Marques Fernandes, diz que as fraudes tentam instigar alguma necessidade momentânea das pessoas e fazer com que elas forneçam suas credenciais, de modo espontâneo, com a prática de engenharia social.
"Eles burlam com base na confiança de quem vai acessar o site. O mesmo aconteceu com a vacina... Os criminosos mandavam um link, as pessoas achavam que tinham que se cadastrar para vacinar e passavam os dados", explica.
Fernandes diz que os dados são usados para fazer compras no crediário, acessar o celular da vítima e o internet banking:
"O melhor a fazer é não clicar em links desconhecidos, mesmo que enviados por pessoas próximas."
Fonte: istoedinheiro.com.br