Por qual motivo a Rússia está em guerra contra a Ucrânia? Por incrível que pareça nem mesmo Vladimir Putin não consegue dar uma fundamentação convincente para um exercício militar que já é uma guerra.
Comentaristas internacionais, professores graduados em relações internacionais se retorcem em requintes comunicacionais para informar o motivo mais óbvio, o que atravessa gerações, ou seja, o egoísmo, o qual se eclode em exclusivismo.
O egoísmo explícito que estava cristalizado nos tratados firmados após Guerra Fria começa eclodir novamente. Menciona os russos que os aliados da OTAN não avançariam suas casas no tabuleiro mundo para além de seus limites estabelecidos com a queda do Muro de Berlim.
Tratados de guerras, tratados econômicos, tratados de soberania tem como essência o exclusivismo, que é a tendência caracterizada pelo desejo de excluir de maneira sistematizada aquele ser humano, aquele país, aquela soberania que não estão mais nas estratégias econômicas do jogo de “Monopoly”. Não serve, elimina. Não serve, toma-se. Não serve, expulsa. Não importa quem seja, histórias, amores, idades e vidas.
As vidas utilitaristas sejam dos russos ou de ucranianos são instrumentalizadas em pinos de jogos para manter estratégias na manutenção do geopoder dos aristocratas representantes de megablocos econômicos.
No jogo da financeirização mundial, os jogadores poderosos (americanos e soviéticos) querem atualizar as suas posições na geopolítica economicamente globalizada. A OTAN caminhou com vários pinos em direção ao leste europeu e conquistou várias casas. Agora seu adversário soviético já atualizado em russo disse que não “joga mais”, se as regras do aplicativo econômico não passar por atualizações.
O adversário russo inconformado, furou as regras do jogo e avançou em uma casa do tabuleiro mundial de posição estratégica, a Ucrânia. O jogador russo recalcitrante com as sucessivas perdas de espaços no tabuleiro mundial exige a atualização do aplicativo que foi confeccionado com a guerra fria.
Romper com as regras do jogo, acaba caindo no estilo de jogo do “custe o que custar” e não importará novamente sacrificar milhões de vidas para que os donos do “Monopoly” possam novamente encontrar as pseudo diplomacias e dividir os seus pinos e casas do jogo no tabuleiro do mundo. Mas VIDA nunca foi importante em guerra, elas são instrumentos, são pinos usados para avançar nas “casas” e conquistar. As peças perdidas são substituídas até o jogador estrategista vencer ou gastar todas as suas peças.
Estes pinos são famílias, amores, crianças, idosos, sonhos, casas, profissões, empresas, carreiras, são pessoas que amam sua casa, seus animais domésticos, suas vidas, suas músicas, sua cultura.
São obrigadas a jogarem um jogo que não é seu, morrerem por um jogo que não é seu.
No “War” ou “Monopoly” somos pinos de jogos que não somos os donos.
Prof. Me. Lisdeili Nobre
Contato: lisdeilinobre@hotmail.com