Meus caríssimos colegas, tentarei descrever para vocês o que é se aposentar. Não tenho muito conhecimento da matéria, até porque vivo esta nova etapa da minha vida, há apenas seis meses, mas os sinais da diferença são bastantes visíveis e marcantes.
Não tem como descrever a paz interior que o aposentado sente. No caso da nossa categoria, em concreto, podemos de fora observar que não existe mais lugar na instituição, para termos que seguir ritos hierárquicos, já que as funções são distintas, e cada servidor que compõe o quadro, formando o conjunto de profissionais que exerce a segurança pública, possui a sua especialidade, todos fazendo o seu mister com o fulcro de vencer a fase persecutória na investigação policial. Não podemos esquecer que por lei, todos tem que possuir nível superior, portanto não se pode raciocinar falando-se em hierarquia, repito, mas sim em funções distintas.
Exemplificando: o investigador deve fazer o trabalho de campo, apresentando relatórios, o escrivão reduzindo a termo, fazendo as oitivas necessárias, e o delegado formalizando a documentação apresentada pela equipe. Insisto em dizer, não existe na formatação da polícia judiciária, nenhuma necessidade de tratamento hierárquico, não confunda-se, de respeito.
Já na Polícia militar, por doutrina e formação há esta necessidade, até porque existe patentes, diferenciando um cabo de um soldado, um tenente de um sargento, e por aí vai.
Retornando a questão do aposentado, podemos dizer que o "aposentado é o servidor que deu certo. É aquele que viveu e sobreviveu a todos os percalços, e alcançou a "glória", da aposentadoria."
Com todas as incongruências que existe entre o salário do aposentado, e do servidor da ativa, nós aposentados, somos remunerados com um aditivo que não tem preço, a paz.
Bel. Luiz Ferreira