ARTICULISTAS MITOS
Cuidado! Os mitos estão entre nós há séculos.
Os MITOS continuam entre nós e fizeram morada no ESTADO.
12/04/2022 20h24
Por: Carlos Nascimento Fonte: Prof. Me. Lisdeili Nobre

Na história de Minotauros e Sereias foi dada largada para o ocupar a gestão pública no Executivo Nacional e diversos cargos do Legislativo brasileiro. Os místicos candidatos têm ensaiado os cantos de sereia, para fisgar aquele eleitorado que troca a racionalidade pelas emoções.

 

Implodir a educação e a cultura tem um propósito secular. Não é da nossa geração. Para explicar isto melhor, vamos voltar na era da sociedade grega. Platão defendia a ‘ideia do bem’, que é a verdade em si, revelada pela razão. E a busca da razão precisa de Educação, de muita Educação.

 

Com raras exceções de investimento na educação, as gestões brasileiras de nossos entes federativos propõem uma política educacional com doses insuficientes, com a finalidade biopolítica em manter uma população não racionalizada e sim fantasiadas com os imaginários místicos.

 

Ernst Cassirer, em sua obra, O mito do Estado e o Direito, ao descrever o ESTADO menciona a ideia de “Mito” que é encarnado nas ideias de exaltação das façanhas dos guerreiros e dos heróis. Por isso, que agora assistiremos candidatos dizendo serem tradicionais, religiosos, guerreiros, armados, heróis. Eles pretendem serem seus personagens de contos mitológicos e alguns encarnam verdadeiros deuses gregos como “Zeus” e “Ares”.

 

Ernst disse e disse muito bem: Ao contrário da razão, a tradição amarra o homem e o impede seu avanço. A educação é o caminho para o avanço e não a proporcionar é amarrar a sociedade em tradições místicas, desprovidas de racionalidade, que nos fazem a eleger os nossos ‘mitos’, mesmo com o botijão de gás custando R$ 150,00 (cento e cinquenta reais).

 

Já estamos nos deparando com narrativas místicas, secundárias, cegas e infantis. Narrativas ainda bem utilizadas por candidatos que ocuparam cargos nesta gestão, pois estar no Estado, reveste de uma carapaça de legalidade, ainda mais que o Estado ainda é compreendido como ser místico, que tudo que provém de sua valoração é verdadeiro. Ledo e infantil engano.

 

Destronar os “deuses mitológicos” causam trovoadas e raios na administração, a ponto de ameaçar parlamentares que insurgem proteger professores que almejam a qualidade de ensino.

 

A razão equipara homens e somente através de educação e cultura que é possível que chegar ao logos, nomos e taxis (razão, legalidade e ordem) em busca da construção de um conceito de justiça.

 

Portanto, desde o momento da história da humanidade que a tradição e o Estado, foram tratados como elementos místicos, colocados respectivamente no patamar de guia dos povos, de um ente supremo, capazes de aferir a validade da ação política e conferir significado pleno aos fatos do mundo, os deuses políticos já causaram diversos genocídios como o holocausto da Segunda Grande Guerra.

 

Os Deuses, Ninfas, Heróis e Centauros, Medusas e Sereias de nossos tempos, estão aí, ensaiando suas histórias fantásticas, lendas e mitos, para receberem o passaporte para mais um espetáculo de ilusões que levam aos pauperismos de nosso povo e a morte.

 

Espetáculo começou!