Foi solta na tarde da sexta-feira (22/04), em Salvador, Maqueila Santos Bastos, que é investigada e foi indiciada pela morte do empresário Leandro Troesch, dono da pousada de luxo Paraíso Perdido, localizada no município de Jaguaripe, no baixo sul da Bahia.
A informação foi divulgada no início da tarde pela defesa de Maqueila e confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (SEAP), que informou o vencimento do mandado de prisão temporária que a mantinha presa.
Maqueila estava à disposição da Justiça desde o dia 24 de março, quando o mandado de prisão temporária foi cumprido em Sergipe. Ela foi transferida para a Bahia no dia 4 de abril e ficou detida na carceragem da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (DERCCA), em Salvador, até o dia 11, quando foi levada para o Conjunto Penal Feminino, no bairro da Mata Escura.
Leandro Tresch foi encontrado morto dentro de um dos quartos da pousada com um tiro na cabeça, em 25 de fevereiro deste ano. A Polícia Civil apurava se o caso se tratava de suicídio ou se o empresário havia sido morto por alguém, até que o resultado do laudo policial suspendeu a possibilidade dele ter tirado a própria vida.
De acordo com o delegado Rafael Magalhães, que é titular de Jaguaripe e investiga o caso, Maqueila teria influenciado a esposa de Leandro, Shirley Figueiredo, – que é apontada como responsável pela morte do empresário -, a cometer o crime, sendo tratada no inquérito pelo termo jurídico de partícipe.
O inquérito policial foi encaminhado para o Ministério Público (MP-BA) na terça-feira (19). Um dia depois, na quarta (20), o MP-BA devolveu para a Polícia Civil e pediu mais investigações.
RELAÇÃO AMOROSA
De acordo com informações do g1 Bahia, que teve acesso ao inquérito do caso na quarta-feira, Maqueila Santos Bastos disse em depoimento à polícia que teve um relacionamento amoroso com Shirley Figueiredo. Segundo o documento, a informação foi dita pela mulher em depoimento prestado no dia 7 de abril.
Maqueila confirmou ao delegado Rafael Magalhães que enviou a mensagem “Se você não me desbloquear, vou contar tudo a Léo”, para Shirley. Ao ser perguntada sobre o que seria o “tudo”, ela disse que iria contar para o empresário que tinha um relacionamento “íntimo e amoroso” com a amiga.
Contou também que mandou a mensagem em um “momento de raiva”, apesar de saber que Leandro poderia ficar zangado e terminar o relacionamento com Shirley.
Ainda no depoimento, Maqueila disse que a relação de Leandro e Shirley era “aberta” e que ambos se relacionavam com quem queria.
BILLY
O caso Paraíso Perdido envolve ainda a morte do funcionário da pousada e braço direito de Leandro, Marcel Vieira, conhecido como Billy.
Cinco pessoas já foram indiciadas pela Polícia Civil e denunciadas pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) pelo crime. Destas, quatro foram encontradas: dois homens e uma mulher estão presos e um adolescente foi apreendido. Um outro homem é procurado.
INFLUENCIADORAS, DROGAS E TIROS
Além disso, a Paraíso Perdido também foi alvo da polícia em uma outra situação neste mês, depois que uma troca de tiros com policiais terminou com dois homens mortos e duas influenciadoras presas. Os quatro estavam hospedados na pousada.
As mulheres foram identificadas como Laylla Cedraz e Adrian Grace. Elas chegaram a passar um dia presas, mas foram liberadas pela Justiça após audiência de custódia.
Já os homens mortos foram identificados como Agnaldo Leite da Silva Neto, de 29 anos, conhecido como Neto Talisca, e Felipe Augusto Machado, de 28 anos, o Batoré, que era namorado de Laylla.
Em entrevista o advogado de Maqueila Santos diz que Ministério Público (MP) apontou falhas no inquérito policial, que foi devolvido ao Delegado Rafael Magalhães para diligências:
Redação