O desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), responsável pela concessão do Habeas Corpus que daria a liberdade a Lula em 8 de julho de 2018, afirmou em entrevista ao Fórum Café na manhã desta segunda-feira (2) que foi perseguido por seu gesto: “A perseguição a mim tinha como objetivo minha exoneração e continha um recado claro, ‘ninguém atravessa este rio, que tem um fluxo único [a Operação Lava Jato e a campanha contra o PT e Lula]. E quem quiser atravessar vai pagar caro’. Quiseram me cancelar, como se diz hoje”.
Na entrevista, o desembargador relatou as diversas ações que setores do Ministério Público moveram contra ele e a campanha de intimidação que sofreu nas redes sociais, com ameaças e diversos tipos e a divulgação do número de seu celular em grupos lavajatistas.
Favreto detalhou a imagem forte sobre sua ação no episódio de 2018: “Eu fui o lambari que quis atravessar a correnteza, o fluxo do rio da imprensa conservadora e do sistema judicial e, como disse uma jornalista na ocasião, mostrei naquele dia que havia outras luzes e visões no Judiciário”.
Assista à íntegra da entrevista do desembargador Rogério Favreto ao Fórum Café: