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Viraliza nas redes vídeo em que a Juiza Debora Faitarone, do TJ da Barra Funda/SP, faz a própria defesa, em audiência com desembargadores.

Confira Vídeo: Juíza é aposentada compulsoriamente por inocentar policiais: "Se fosse o Fernandinho Beira-Mar, eu não estaria aqui."

24/05/2022 às 09h10 Atualizada em 24/05/2022 às 09h52
Por: Carlos Nascimento Fonte: Redes Sociais
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Viraliza nas redes vídeo em que a Juiza Debora Faitarone, do TJ da Barra Funda/SP, faz a própria defesa, em audiência com desembargadores.

Embora o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo alegue que o processo administrativo disciplinar contra a juíza Débora Faitarone tenha sido em virtude de outras situações, a magistrada em sua defesa final fez um discurso argumentando que a aposentadoria compulsória imputada a ela deveu-se pela decisão de inocentar policiais militares que haviam cometido homicídio em legítima defesa.

"- Se eu tivesse absolvido o Fernandinho Beira-Mar, eu não estava aqui sentada hoje, respondendo às perguntas de Vossa Excelência. Eu absolvi policiais que agiram, legitimamente, dentro da lei e o faria mais mil vezes, mesmo sabendo que eu perderia o cargo por causa disso. E os absolveria mais mil vezes, mesmo sabendo que passaria por todo esse calvário - reafirmou a juíza para os desembargadores que analisavam o seu caso. Dezesseis deles foram a favor da aposentadoria da magistrada."

Débora Faitarone foi acusada de seis irregularidades: elegação de atribuições próprias do juiz-corregedor para a escrivã, resistência em cumprir ordens da Corregedoria-Geral da Justiça, descumprimento do critério de divisão de processos entre os juízes da vara, delegação dos atos próprios do juiz de Direito e demora em processos de sua responsabilidade.

A defesa da juíza alegou que todas as imputações foram "criadas" para que a sanção mais grave fosse aplicada a ela e que a única prova contra a magistrada foi o depoimento de um escrivão que tinha atrito com ela.

"- É um depoimento absolutamente fantasioso e não deve ser levado em consideração. Não pode um único depoimento levar à condenação da juíza - disse o advogado de defesa, Felipe Locke."

"- Juntamos cópias de todas as atas e demonstramos que, quando houve troca no comando de audiências, a juíza estava de licença ou com ausência justificada. Somente em cinco oportunidades ela designou audiências para juízes auxiliares. E foram audiências de processos mais simples - acrescentou."

Ainda assim, diante do exposto, os desembargadores consideraram "por bem da sociedade", aposentar a magistrada.

Veja o vídeo:

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