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ASSISTA: Documentário especial sobre o PCC, produzido pelo UOL e que concorreu a prêmio na categoria Web Jornalismo.

Confira vídeos da Série do UOL que mostra como PCC foi de pequeno grupo a cartel internacional.

30/05/2022 às 17h57 Atualizada em 30/05/2022 às 18h51
Por: Carlos Nascimento Fonte: mov.uol.com.br
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ASSISTA: Documentário especial sobre o PCC, produzido pelo UOL e que concorreu a prêmio na categoria Web Jornalismo.

Depois de contar como o PCC se tornou a maior facção criminosa do Brasil, o documentário mostra as disputas na cúpula da facção pelo comando dos esquemas de tráfico internacional de cocaína.

Mais de 33 mil aliados, 23 anos de existência e uma rota de tráfico que vai da América do Sul até a Europa e o Norte da África. Estes são alguns dos detalhes da biografia do PCC (Primeiro Comando da Capital), maior organização criminosa do Brasil. "PCC - Primeiro Cartel da Capital" mostra em quatro episódios como um grupo pequeno de presos se transformou em um cartel internacional de drogas.

Da primeira chacina em um campo de futebol, passando por rebeliões em mais de 29 prisões em 2001, e pelos ataques de 2006, a série leva para as telas o trabalho de apuração dos repórteres do UOL Notícias Flávio Costa, Luís Adorno, Aiuri Rebello e Eduardo Militão.

Com direção de João Wainer (dos documentários "Junho - o mês que abalou o Brasil" e "Pixo"), a MOV.doc produziu gravações em São Paulo, Santos (SP), Presidente Prudente (SP), Brasília, Rio de Janeiro, Rio Branco e Nápoles (Itália).

Entre 1998 e 2002, Wainer trabalhou em projeto dentro do Carandiru, centro de detenção hoje demolido em SP.

"Foi quando ouvi falar do PCC pela primeira vez e comecei a entender a nova organização que estava se formando na cadeia", conta o diretor. "Quando surgiu o convite de fazer o documentário, topei na hora, porque era uma oportunidade muito interessante de saber como uma organização que tinha um intuito político de combater os maus-tratos do governo na cadeia virou um grande cartel internacional de tráfico de drogas".

Destaques do documentário

Geleião, único fundador vivo do PCC, enviou uma carta escrita à mão para a reportagem do UOL. Em seu texto, descreveu como fundou a organização e deu detalhes dos primeiros anos de atuação da facção no país.

O repórter Luís Adorno foi ao Acre e conheceu uma igreja onde ex-integrantes de facções convivem juntos, e registrou, ao lado da apresentadora do documentário, Débora Lopes, a vida de homens que deixaram o PCC e também o Comando Vermelho, facção rival.

Ex-integrantes, autoridades de segurança, ex-detentos e outros foram ouvidos para contar essa história sobre o grande grupo atuante no crime organizado do Brasil.

Quatro episódios

A série tem quatro episódios de cerca de 15 minutos cada. A primeira parte, "Origem", revela como o PCC foi fundado por oito presidiários no Anexo da Casa de Custódia de Taubaté, até então a prisão mais segura de São Paulo.

O capítulo seguinte conta a história de "Marcola", e mostra como o assaltante de bancos derrubou os fundadores do PCC. O episódio também aborda a ação orquestrada do dia 12 de maio de 2006, quando uma onda de ataques a bases policiais e ônibus paralisou a cidade de São Paulo.

Já em "Cartel", a produção trata do ponto em que o PCC se transforma em um grande negócio de tráfico de drogas, dominando, assim, as rotas de transporte de cocaína para a Europa e o norte da África.

A série termina com o episódio "Guerra", que mostra a explosão dos combates entre o PCC e outras facções criminosas do país, na luta pelo monopólio das rotas do tráfico.

A série tem a participação do médico Drauzio Varella; dos jornalistas Josmar Jozino, Bruno Paes Manso, Allan de Abreu, Marcelo Godoy e Cecília Olliveira; do procurador de Justiça Marcio Sergio Christino; do promotor do Gaeco Lincoln Gakiya; da desembargadora Ivana David; do delegado da Polícia Federal Elvis Secco; e de Wálter Maierovitch, especialista em Segurança Pública. 

CONFIRA VÍDEOS DA SÉRIE

ORIGEM | PCC - Primeiro Cartel da Capital - Parte 1

A parte 01 da série, "Origem”, revela como o PCC foi fundado em 31 de agosto de 1993, por oito presidiários, no Anexo da Casa de Custódia de Taubaté, até então a prisão mais segura do Estado de São Paulo. Especialistas em Segurança Pública, ex-detentos e ex-membros da facção relatam como ocorreu a primeira grande ação do grupo, em 2001, quando 29 prisões entraram em rebelião simultaneamente.

MARCOLA | PCC - Primeiro Cartel da Capital - Parte 2

A parte 2 da série Primeiro Cartel da Capital conta a história de Marcola, e mostra como o assaltante de bancos derrubou os fundadores do PCC, Cesinha e Geleião, se tornando o principal líder da facção. O episódio também foca na ação do dia 12 de maio de 2006, quando uma onda de ataques a bases policiais e ônibus paralisou a cidade de São Paulo.

CARTEL | PCC - Primeiro Cartel da Capital - Parte 3

"Cartel”, terceiro episódio da série Primeiro Cartel da Capital, trata do ponto de virada em que o PCC se transforma em um grande negócio de tráfico de drogas, dominando as rotas de transporte de cocaína para a Europa e o norte da África.

GUERRA | PCC - Primeiro Cartel da Capital - Parte 4

Último episódio da série Primeiro Cartel da Capital, “Guerra” mostra a explosão dos combates entre o PCC e outras facções criminosas do país, na luta pelo monopólio das rotas do tráfico na região Norte do Brasil.

ESTATUTO DO PCC

por Primeiro Comando da Capital

Suposto estatuto do Primeiro Comando da Capital divulgado em jornais e noticiários brasileiros no ano de 2001.

01. Lealdade, respeito, e solidariedade acima de tudo ao Partido

02. A Luta pela liberdade, justiça e paz

03. A união da Luta contra as injustiças e a opressão dentro das prisões

04. A contribuição daqueles que estão em Liberdade com os irmãos dentro da prisão através de advogados, dinheiro, ajuda aos familiares e ação de resgate

05. O respeito e a solidariedade a todos os membros do Partido, para que não haja conflitos internos, porque aquele que causar conflito interno dentro do Partido, tentando dividir a irmandade será excluído e repudiado do Partido.

06. Jamais usar o Partido para resolver conflitos pessoais, contra pessoas de fora. Porque o ideal do Partido está acima de conflitos pessoais. Mas o Partido estará sempre Leal e solidário à todos os seus integrantes para que não venham a sofrerem nenhuma desigualdade ou injustiça em conflitos externos.

07. Aquele que estiver em Liberdade "bem estruturado" mas esquecer de contribuir com os irmãos que estão na cadeia, serão condenados à morte sem perdão

08. Os integrantes do Partido tem que dar bom exemplo à serem seguidos e por isso o Partido não admite que haja assalto, estupro e extorsão dentro do Sistema.

09. O partido não admite mentiras, traição, inveja, cobiça, calúnia, egoísmo, interesse pessoal, mas sim: a verdade, a fidelidade, a hombridade, solidariedade e o interesse como ao Bem de todos, porque somos um por todos e todos por um.

10. Todo integrante tem que respeitar a ordem e a disciplina do Partido. Cada um vai receber de acordo com aquilo que fez por merecer. A opinião de Todos será ouvida e respeitada, mas a decisão final será dos fundadores do Partido.

11. O Primeiro Comando da Capital PCC fundado no ano de 1993, numa luta descomunal e incansável contra a opressão e as injustiças do Campo de concentração "anexo" à Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté, tem como tema absoluto a "Liberdade, a Justiça e Paz".

12. O partido não admite rivalidades internas, disputa do poder na Liderança do Comando, pois cada integrante do Comando sabe a função que lhe compete de acordo com sua capacidade para exercê-la.

13. Temos que permanecer unidos e organizados para evitarmos que ocorra novamente um massacre semelhante ou pior ao ocorrido na Casa de Detenção em 02 de outubro de 1992, onde 111 presos foram covardemente assassinados, massacre este que jamais será esquecido na consciência da sociedade brasileira. Porque nós do Comando vamos mudar a prática carcerária, desumana, cheia de injustiças, opressão, torturas, massacres nas prisões.

14. A prioridade do Comando no montante é pressionar o Governador do Estado à desativar aquele Campo de Concentração "anexo" à Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté, de onde surgiu a semente e as raízes do comando, no meio de tantas lutas inglórias e a tantos sofrimentos atrozes.

16. Partindo do Comando Central da Capital do KG do Estado, as diretrizes de ações organizadas simultâneas em todos os estabelecimentos penais do Estado, numa guerra sem trégua, sem fronteira, até a vitória final.

17. O importante de tudo é que ninguém nos deterá nesta luta porque a semente do Comando se espalhou por todos os Sistemas Penitenciários do estado e conseguimos nos estruturar também do lado de fora, com muitos sacrifícios e muitas perdas irreparáveis, mas nos consolidamos à nível estadual e à médio e longo prazo nos consolidaremos à nível nacional. Em coligação com o Comando Vermelho - CV iremos revolucionar o país dentro das prisões e nosso braço armado será o Terror "dos Poderosos" opressores e tiranos que usam o Anexo de Taubaté e o Bangu I do Rio de Janeiro como instrumento de vingança da sociedade na fabricação de monstros. Conhecemos nossa força e a força de nossos inimigos Poderosos, mas estamos preparados, unidos e um povo unido jamais será vencido.

LIBERDADE! JUSTIÇA! E PAZ!

O Quartel General do PCC, Primeiro Comando da Capital, em coligação com Comando Vermelho CV UNIDOS VENCEREMOS

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