Enquanto os municípios brasileiros seguirem as regras de gestão das políticas de segurança pública, a continuar ser vinculados aos conceitos de Segurança Nacional, continuarão reféns de gerenciamentos sob regime de aquartelamento militarizado, implantado, há décadas.
É necessário se desmilitarizar as atuais forças públicas militares e as militarizadas, subordinadas administrativamente e servindo apenas as ordens dos chefes de governo estaduais, assim, são as instituições de natureza civil, como a Policial Judiciária, denominada de Polícia Civil, inclusive o próprio Corpo de Bombeiros, que deveria estar subordinado aos municípios e vinculado a defesa civil, ainda são organizados na doutrina e estrutura da Polícia Militar.
Aliás, observando-se a movimentação das Polícias Militares - forças auxiliares e reservas, subordinadas na hierarquia militar, das forças armadas brasileira, diretamente ao exército, foram as PMs as primeiras instituições no regime da administração pública a sofrerem o processo de Parceria Públicas e Privados, ou melhor a serem "terceirizadas", quando passaram a subordinar-se as estruturas dos governantes de Estados entes e assumirem as atividades e funções de polícia, baseados os treinamentos de natureza civil, substituindo as Guardas Civis, responsáveis pela prestação de de serviços no policiamento local, preventivo e ostensivamente e exclusivamente uniformizados.
E é nesse sentido que as autoridades governamentais devem entender que o problema de gestão nas políticas de segurança pública, estão sendo desviados para outra vertentes ao priorizar o combate aos conflitos sociais, leia-se violência urbana. Entretanto, a PM foi treinada para o confronto direto e não a função de prevenção. Assim, de nada adianta investimento nas políticas de segurança pública, senão ocorrer uma mudança radical, promovendo a desvinculação definitiva da doutrinação e adestramento de segurança nacional, implantada na época do regime militar, década de 70, com funções de combate repressivo, optando pela morte aos inimigos de Estado. É essa a visão do comando dessa Instituição militar.
A Guarda Civil, extinta no regime militar 1969, que era a responsável pelo serviço público de natureza civil, a exemplo do policiamento preventivo e ostensivo, uniformizados e não fardados, como a defesa civil, o corpo de bombeiros, que era um serviço municipalizado.
Até o sistema de saúde pública era preventiva, também passou a priorizar na mesma época dos anos 70 o combate a doença, implantado o mesmo sistema de plantão nas universidades, hospitais, sob o regime hierarquizado em plantões, idênticos aos plantões de quartéis e delegacias de polícia.
Desta forma enquanto o país manter esse regime de combater a violência urbana, a criminalidade, como homicídios, seguindo a doutrina e adestramento dos servidores públicos policiais militares e civis, guerrilha, tendo o criminoso como inimigo de Estado, sinto muito, mas ainda por um bom tempo os munícipes que são as maiores vítimas, dessa guerra, as Cidades continuarão a "Bater Continência para Cavalos", em questão de sua segurança pública.
Crispiniano Daltro
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