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Salvar esta deveria ser a missão

O sensacionalismo e o oportunismo ardiloso de parte da imprensa, descredibiliza e desautoriza a chamarmos de uma imprensa seria e informativa.

18/06/2022 às 11h13 Atualizada em 18/06/2022 às 11h25
Por: Carlos Nascimento Fonte: Bel Luiz Ferreira
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Salvar esta deveria ser a missão

Os "Sherlock" ingleses já não são mais os mesmos. Não era esse tal de Dom que conhecia tudo sobre a Amazonas? Não era ele que estava escrevendo um livro de como salvar a floresta? E seu auxiliar não era um indigenista famoso? Pois bem, saíram sem pedir autorização a ninguém, se expiram aos riscos inerentes a região. Resultado: voltaram seus corpos em sacos. A culpa? Essa a imprensa marrom já tem na ponta do lápis: Bolsonaro.

A imprensa deveria ter memória, e lembrar quando um honesto trabalhador, brasileiro, foi abatido friamente no metrô de Londres, confundido como um terrorista islâmico. Refiro-me ao caso Jean, lembram? Esse não deu a mínima causa para sua morte, e mesmo assim foi abatido. Não teve ONU, imprensa, nada, só sobrou lágrimas e indignação para seus entes queridos.

O sensacionalismo e o oportunismo ardiloso de parte da imprensa, descrebiliza e desautoriza a chamarmos de uma imprensa seria e informativa.

As duas vítimas neste caso da Amazonas foram infelizmente negligentes e expuseram suas vidas a risco. O mesmo STF que proíbe a polícia de adentrar nas favelas do Rio de janeiro, agora quer cobrar a presença da polícia na floresta amazônica. A floresta que os ativistas radicais de esquerda dizem que está dizimada, ora se eles sabem e sabiam de tudo, foram lá fazer o quê? A extração ilegal de madeiras, as mineradoras ilegais tem tanto interesse em manter-se na clandestinidade e explorar a região sem ser incomodado pela polícia, assim como o traficante nas favelas do Rio de janeiro.

Quem sabe agora o STF descubra qual o seu real papel na constituição, e não fique dando palpite políticos e ideológicos, em questões de segurança nacional.

Bel Luiz Ferreira

Contato: lcfsferreira@gmail.com             

Relembre o caso Jean Charles: POLÍCIA DE LONDRES MATA JEAN CHARLES

Confundido com terrorista, brasileiro é executado com sete tiros no metrô

Com sete tiros, Jean Charles de Menezes, brasileiro de Minas Gerais, é executado pela Scotland Yard no metrô de Londres em seu trajeto usual para o trabalho, sob alegação de que ele seria um terrorista.

Duas semanas antes, bombas explodiram no metrô londrino matando e ferindo dezenas de pessoas. No dia 21 de julho de 2005, uma nova tentativa de atentado, desta vez fracassada, ocorrera no metrô da cidade. A Scotland Yard (polícia metropolitana) alegaria, posteriormente, haver confundido Jean Charles com um dos suspeitos procurados pelo atentado da véspera.

A morte do jovem brasileiro gerou um incidente diplomático: o governo brasileiro exigiu investigações aprofundadas sobre o caso. Em 2006, o então primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair pediria desculpas formais ao presidente Lula e à família de Jean Charles.

Apesar dos apelos do governo brasileiro e da cobertura da imprensa inglesa apontando as falhas da operação, nenhum policial ou autoridade seria sequer responsabilizado pela execução de Jean Charles. Autoridades locais atribuiriam os diversos erros da operação à tensão gerada pelos atentados terroristas.

Em 2007, a Scotland Yard seria multada em 175 mil libras por burlar as normas de segurança e saúde da população durante a operação.

Em 2009, a comandante da desastrada ação que matou Jean Charles receberia uma condecoração da rainha Elizabeth 2ª, e no ano seguinte o comissário de polícia seria indicado à Câmara dos Lordes.

Em 2010, a estação de Stockwell, local da execução, receberia um monumento em homenagem ao brasileiro. Em 2015, a família de Jean Charles entraria com representação na Corte Europeia de Direitos Humanos contra o governo inglês. A morte de Jean Charles se tornara um símbolo.

Confira filme: JEAN CHARLES, baseado na história do brasileiro.

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