Por Jorge Braga Barretto
Quase quatro anos de espetáculos diários degradantes e ininterruptos, com o palhaço Bozonaro deitando e rolando no picadeiro, valendo-se do manto despudorado da corrupção política, para delírio de uma diminuta plateia, composta por pouco mais de 20% de apoiadores que apostam no quanto pior, melhor, transferindo para a grande maioria da população brasileira, via urna eletrônica, a responsabilidade de resgatar a credibilidade de nossas instituições após as eleições.
Tarefa árdua, mas não impossível, desde que, paralelamente ao início dos trabalhos, medidas saneadoras e urgentes sejam tomadas no sentido de responsabilizar todos os envolvidos nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, caso as participações decisivas em atos ilícitos forem confirmadas após rigorosas investigações, é claro, respaldados pelo amplo direito de defesa. O ainda presidente, que usou de inúmeros artifícios suspeitos e ilegais com a finalidade de livrar-se do impeachment - mais de 200 solicitações engavetadas -, dificilmente escapará da prisão, prato cheio para mais um filme no estilo Tropa de Elite.
Incêndios florestais, Amazônia com seus assassinatos premeditados, CPI da Covid, entrega de nossas principais riquezas ao mercado predatório, espiral inflacionária fora de controle, enfim, manancial a ser explorado para dar um basta em definitivo ao desmanche de nossa soberania. É a vez do palhaço pagar pelos crimes cometidos e entreter seus ex-comandados na prisão.
Jorge Braga Barretto
Contato: jbbarretto@gmail.com
(*) Jornal A Tarde, (Espaço do Leitor), edição de 18.06.2022