Agonia sem fim

É inadmissível ver e ouvir as sandices de um presidente marginal eleito via fake news sem que se adote as medidas pertinentes no sentido de afastá-lo definitivamente do poder. Só um presidente marginal e genocida poderia dificultar e retardar a aquisição de vacinas em razão do momento desesperador em que vivemos. Seu idolatrado patrão, a quem deve obediência cega, inconformado com a derrota nas eleições, incentivou a invasão do Capitólio  e hoje paga o preço pelo imperdoável malfeito.

Se de um lado o capitalismo predador concede proteção aos gananciosos que triplicam fortunas e vislumbram tão somente o lucro, sempre de mãos dadas às elites civis, militares, evangélicos inescrupulosos - alguns presos -  que fazem fortuna vendendo o nome sagrado de Jesus Cristo, e de  uma classe política nada confiável, resta o apoio das multidões como única forma de pressão para tirar de circulação o único presidente não reciclável da nossa história, lixo que sobrevive à base da futrica nas redes sociais, em completo desacordo com a racionalidade. A situação está totalmente fora de controle, atividades essenciais destruídas, com especial atenção para a saúde - setor farmacêutico - que tem sido explorada por empresários oportunistas, a economia comandada pelo banqueiro Guedes, que nada mais faz do que submetê-la aos interesses do mercado especulativo - há algum tempo desaplicando somas vultosas e transferindo o prejuízo para correntistas e acionistas -, Banco do Brasil (quem diria!) fechando agências e demitindo funcionários, empresas automobilísticas - caso da FORD - batendo em retirada e acelerando o caos social.

Dê-se especial atenção à recente liberação dos reajustes dos planos de saúde, atingindo em cheio os idosos pela absoluta falta de condições financeiras, cujos salários da maioria sequer serão suficientes para cobrir as mensalidades extorsivas. Some-se a tudo isso, para suplício do consumidor, a inflação fora de controle com os aumentos desnecessários dos combustíveis e alimentos nos supermercados. Tomara que a saída de Trump nos traga um novo alento e impulsione parte considerável desse povo movido a futebol, samba, carnaval e cerveja a entrar em campo, colocando o energúmeno na marca do pênalti. Com um pequeno detalhe: não posso abrir mão da cobrança da penalidade.

Nada mais justo do que desejar ao capitão do mato destino semelhante ao de Trump, responsabilizando-o posteriormente de maneira exemplar pelos atos danosos à nossa pátria, inclusive todos os apoiadores ainda gozando da mais absoluta impunidade. A Independência do Brasil precisa entrar para a história de forma definitiva, sendo a educação a única saída para sua consolidação. A continuar como está, na base do I food, delivery, hard work, food truck, home care, e demais alienígenas, em pouco tempo o português será uma língua morta, para alegria daqueles que apostam na eterna      escravidão.

Jorge Braga Barretto

E-mail: jbbarretto@gmail.com