Imagino que cada torcedor de arquibancada já não suporta a angústia de ver a tabela da Terceira Divisão correr e estarmos ainda na luta para tentar ficar entre os 8 que disputarão o direito de subir para a Segunda Divisão.
Aliás, nem mesmo os que, por algum motivo. acompanham de casa.
Morando em Brasília, estou nessa situação. Rara é a chance de assistir jogos no Barradão. Pra alimentar mais a emoção, juntamos a turma daqui em um boteco para pregarmos os olhos na TV e gritamos nossas palavras de ordem.
Com a mesma (ou maior) ansiedade, esperamos o dia 10 de setembro. É preciso cuidar bem do velho coração para lutar por essa mudança e, em 2 de outubro, ajudar a mudar também os destinos do País.
Voltando ao Vitória, também já encontrei o caminho. O meu pré-candidato a presidente é José Guerra, da Frente Vitória Popular.
Com 45 anos, como ele mesmo diz, "teve boa parte de seu caráter formado no cimento das arquibancadas da Fonte Nova, do Barradão e onde mais o Vitória estivesse jogando."
Nascido em Salvador, José Guerra é bacharel em Direito graduado pela UFBA. Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental pela Escola Nacional de Administração Pública, faz parte do seu quadro de instrutores. Servidor Público desde 2006, nosso pré-candidato tem passagens pelos Ministérios do Desenvolvimento Agrário, dos Direitos Humanos, da Defesa, Justiça e Educação, além da Presidência da República (Casa Civil e Secretaria Geral).
Dentre outras ações, anote a participação dele em Conferências Nacionais de Políticas Públicas, na Política Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo e na reestruturação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Fez parte de delegações brasileiras em eventos da ONU e da OIT.
José Guerra é casado e estufa o peito pra se dizer pai de três leõezinhos, assim como torcedor do Vitória desde que se entende por gente.
Diz que sua primeira lembrança rubro negra foi o gol de Bigu no título estadual de 85. Conta que estava presente na inauguração do Barradão contra o Olímpia, e testemunhou na arquibancada feitos inesquecíveis como o gol de Alex Alves em 93, e a estréia de Pet em 97.
Subiu no barranco com a mãe para ver a semifinal contra o Atlético em 99 (eu também, só conseguindo lugar perto da capela) e já seguiu o clube em arquibancadas Brasil afora.
Sócio há mais de 100 meses ininterruptos, conselheiro desde dezembro de 2016, é participante assíduo da vida do Clube, sendo o responsável por defender a proposta aprovada de extinção dos Conselheiros Vitalícios em AGE de Reforma do Estatuto.
Em tempo, José Guerra não está vinculado à atual diretoria e, portanto, também não àquele grupo do conhecido ex-prefeito. Ufa!
Vai encarar? Ou é daqueles que juntamos os votos para termos reais esperanças de mudança?
Fernando Tolentino - Jornalista e administrador público
E-mail: tolentino.vieira@gmail.com