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O Mal da Impunidade. (Crônica No. 2.527).

E agora no outono de minha vida e há poucos meses de completar 76 anos de idade, sinto que a luta que travei com bandidos e quadrilheiros foi em vão.

17/01/2021 às 12h46
Por: Carlos Nascimento Fonte: Des. Edson Vidal Pinto
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O Mal da Impunidade. (Crônica No. 2.527).

sexta-feira, 08 de janeiro de 2.021.

Embora tenha passado minha vida pública combatendo o crime como Promotor de Justica, Procurador de Justiça, Diretor-Geral da Secretaria de Segurança Pública e Secretário de Estado da Justiça com risco da própria vida, jamais me descurei do trabalho que me incumbia e nunca posterguei atos de ofício. 

Só como Juiz de Alçada e depois Desembargador do Tribunal de Justiça é que deixei de militar na esfera penal para atuar no trato do Direito Civil.

E agora no outono de minha vida e há poucos meses de completar 76 anos de idade, sinto que a luta que travei com bandidos e quadrilheiros foi em vão.

A nova geração de Promotores está mais preocupada com o trabalho social, índios, gays, lésbicas, Sem Terras, desocupados, menores delinquentes, dar aulas em faculdades e ansiosos para subscrever moções de repúdio ao Bolsonaro na insignificante Comissão de Direitos Humanos da ONU do que combater o crime.

Só o GAECO é que cuida dos corruptos de colarinho branco para a alegria da imprensa decadente, ignorando os demais delitos.

E o crime no país cresce há níveis nunca antes imaginado.

Por quê?

Porque o país sofre com a crise elaborada por políticos venais e homens públicos sem caráter.

Um exemplo atual? 

Vem do Rio de Janeiro berço de eleitores sem amor ao estado e a Pátria que deram votos suficientes para a filha do perigoso traficante Fernandinho Beira -Mar ficar como primeira suplente dentre os vereadores, mas que acabou assumindo a cadeira titular de outro candidato eleito que aceitou ser Secretário Municipal.

Trama urdida pelo atual Prefeito Municipal.

O Rio está entregue nas mãos da escória política.

E na madrugada de ontem em Minas e  Goiás os membros do PCC colocaram fogo em trinta caminhões “cegonhas” carregados de automóveis recém saídos da fábrica, para intimidarem os proprietários das transportadoras aceitar traficar armas em seus veículos porque não ficam sujeitos à fiscalização nas estradas.

Cenários de horror e tensão pela ousadia da bandidagem.

Enquanto isto o Fachin e seus “dignos” colegas do STF desfrutam da alegria e do prazer incontido de viverem no mundo da lua.

Todos eles sem nenhuma exceção sequiosos em beneficiar larápios, ladrões, traficantes e criminosos de Lesa-Pátria.

E os contribuintes arcando com as despesas de ex-Presidentes e ex-políticos que fizeram sua própria Previdência para usufruírem do mal que fizeram a Nação.

O Brasil é uma grande latrina para esse grupo de gente.

Aqui no Paraná um vice-Governador que assumiu a Governadoria por seis meses e que se “aposentou” com o maior salário do estado do Paraná,

ficou ofendido quando escrevi em uma das minhas crônicas que salários pagos para ex-governadores e respectivas viúvas era caso de polícia.

Não gostou e como menino ofendido virou a cara.

Mal sabe ele que continuo dormindo muito bem.

E ele perdeu a mamata. Ponto para o governador Ratinho.

E é sempre assim, os políticos querem sempre tirar vantagens de tudo para se perpetuarem no cargo pois a ganância não tem freio.

E com tudo isso a criminalidade toma conta do território brasileiro e se fortalece cada vez mais a ponto de seus perigosos chefes exercerem um Poder paralelo.

E os cidadãos de bem ?

Acuados e sofrendo a sanha dos piores guerrilheiros urbanos.

Tudo reflexo da impunidade, daí a violência covarde e insana contra as mulheres, crianças e idosos.

O povo tem que voltar às ruas e exigir providências dos incompetentes Secretários de Segurança Pública e de seus despreocupados Governadores ...

“Ou o povo sai às ruas, bate panelas e grita exigindo o seu direito de viver em segurança, ou os mais perigosos bandidos fazem do Brasil um ninho de larápios.

O cenário é assustador.

Temos que pensar nas novas gerações que hão de nos suceder. Não podemos deixar para eles uma herança maldita.

Por: Edson Vidal Pinto (Desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná).

 

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