Nesta sexta-feira (26) foi realizado o Encontro Macrorregional Sudoeste de Combate ao Trabalho Infantil, no Auditório do CAP da Uesb, promovido pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) e pelo Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador da Bahia (Fetipa).
O evento reuniu representantes das secretarias de saúde dos municípios da regional, de conselhos tutelares, universidades, Polícia Militar e instituições que atuam nessa área para discutir o assunto e construir um plano de ação para o combate ao trabalho infantil na região sudoeste.
“Observamos que os índices vêm aumentando, principalmente de 2018 para cá, pois existe uma cultura, digamos que errada, de que criança pode trabalhar, que é melhor trabalhar do que roubar, mas é preciso combater essa prática. Por isso estamos nessa construção conjunta para alinhar e amadurecer todo esse planejamento”, explicou Paulo Henrique Rocha, coordenador do Cerest, que atua em 18 municípios da área de abrangência.
Participando do encontro, a coordenadora do Núcleo de Defesa da Criança e do Adolescente da Uesb, Luciana Rocha Prado, afirmou que o momento é de trabalhar de forma integrada para assegurar os direitos das crianças. “Nenhum espaço, nenhuma instituição que atua na defesa dos direitos de crianças e adolescentes vai conseguir algo trabalhando isoladamente. A gente precisa realmente de uma união de força, de um encontro de vários atores para que realmente possamos conseguir que as legislações existentes sejam asseguradas e a gente consiga, efetivamente, combater o trabalho infantil”, afirmou ela.
O conselheiro tutelar do município de Anagé, Clériston da Luz Sousa, destacou que momentos como esse são importantes na troca de experiências entre os serviços. “O trabalho infantil é um tema bastante atual e a gente encontra ainda muita resistência na sociedade. Ter espaços para discutir essa situação é sempre muito produtivo para levarmos essa bagagem para o nosso município e tentar colaborar para o enfrentamento desse problema”, pontuou o conselheiro.
Na oportunidade, foram apresentados dados sobre o trabalho infantil na macrorregional para avaliação. “A partir do momento que nós percebemos que esses índices estavam aumentando, decidimos verificar e avaliar como cada órgão pode estar atuando nesse combate, porque a criança não é força de trabalho”, finalizou o coordenador.