ESPORTES GUERRA PRESIDENTE
RESENHA RUBRO-NEGRA - POR UM VITÓRIA DO POVO: Confira entrevista com José Guerra, candidato à Presidente do VITÓRIA.
No sábado, uma final fora de campo, com as eleições que definem os gestores do Leão pelos próximos três anos.
16/09/2022 16h28 Atualizada há 2 anos
Por: Carlos Nascimento Fonte: atarde.com.br/Band Bahia

Quem curte colar na agonia chamada Barradão ou simplesmente passar o olho na tela da TV em dias de jogos percebe o quão popular é a torcida do Vitória, que proporcionalmente pode ser formada por mais de 90% de negros, o que a torna a mais negra do país, segundo pesquisa da Datafolha de 2019. O que não é nenhuma surpresa sendo o Vitória de Salvador, desde o Brasil colônia e escravocrata, a cidade mais negra do país. Uma parte dessa nagô ‘Cidade da Bahia’, como os mais saudosos ainda a chamam, viverá, a partir de amanhã, o final de semana mais importante do ano.  

No sábado, uma final fora de campo, com as eleições que definem os gestores do Leão pelos próximos três anos. Um dia depois, no gramado do Barradas, o clube joga a vida na Série C diante do Figueirense. Eu sinto não estar em Salvador neste momento, pois gostaria de participar dessas duas decisões. Como um dos sócios aptos a votar, iria, com muito orgulho, exercer minha participação democrática amanhã, e minha versão apaixonada no domingo.  

Não faço parte de nenhum dos grupos que compõem as chapas concorrentes, mas não pensaria duas vezes em votar nos candidatos da Frente Popular Vitória, a chapa que, sem dúvidas, mais representa uma torcida, digamos, do povo. Formada por torcedores de arquibancada, a Frente Popular, que tem como candidato à presidência o servidor público federal José Guerra, tem sido o grupo mais atuante neste que está entre os momentos mais delicados dos 123 anos do Vitória.  

O novo Estatuto do Leão, aprovado por unanimidade em junho deste ano, é reflexo disto. Coube ao grupo propor minutas no documento que deixou o Vitória mais democrático, popular e profissional. Como pontos cruciais, destacaria o fim da era dos conselheiros vitalícios e o rito democrático para uma possível proposta de transformação do clube em SAF. Resumindo, chega de regalias e, quando tiver algo importante a ser decidido, essa será uma decisão da torcida e não apenas de quem está, momentaneamente, na gestão.  

Ao torcedor que quer saber mais para decidir seu voto, recomendaria ir ao site do clube e comparar os Planos de Gestão de todas as chapas, uma obrigatoriedade do novo estatuto. Eu fiz isso e entendi o da Frente Popular como o mais completo e minucioso em todos os temas requisitados para termos um Vitória profissional, democrático, popular e vencedor.  É por tudo isso que ficarei na torcida para que a Frente Popular vença. É a chance de termos, pela primeira vez na história, um Vitória representado pelo povo, como ele, de fato, já é.   

Por falar no povo, agora pulemos para o domingo, quando o Barradão mais uma vez vai pulsar pelo Nego mais querido da Bahia. Outra vez mais o Leão entra em campo para desafiar a frieza matemática, que, restando duas rodadas do quadrangular final da Série C, indica o rubro-negro com apenas 27% de chances de acesso. De chegar à final então, apenas 3,3%. Mas é bom não duvidar de um time que na 12ª rodada da primeira fase tinha apenas 2,6% de chance de se classificar à fase decisiva da competição. 

Embora as estatísticas joguem contra, o Leão só depende de si para carimbar vaga na Série B. Sem muita ‘meia hora’, precisa vencer as duas partidas que restam. O Vitória tem a confiança de uma torcida que apoia quando as chances são mínimas, é dona da maior média e dos seis maiores públicos da Série C. Popular, o Vitória tem um final de semana decisivo para, aos poucos, voltar ao lugar que realmente merece estar: a elite do futebol brasileiro. Torcida e estrutura tem pra isso.

Falta gestão.

Por: Angelo Paz

Confira entrevista de José Guerra candidato à Presidencia do Vitória