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CAPS AD III completa 20 anos de história em Vitória da Conquista

Equipe e usuáriosHá 20 anos, Vitória da Conquista conta com um Centro de Atenção Psicossocial especializado no cuidado e atenção integral às pessoa...

08/11/2022 às 19h00
Por: Redação Fonte: Prefeitura Mun. Vitória da Conquista - BA
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Foto: Reprodução/Prefeitura Mun. Vitória da Conquista - BA
Foto: Reprodução/Prefeitura Mun. Vitória da Conquista - BA
Equipe e usuários
Equipe e usuários

Há 20 anos, Vitória da Conquista conta com um Centro de Atenção Psicossocial especializado no cuidado e atenção integral às pessoas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas, o CAPS AD III. A data foi comemorada nesta terça-feira (8), pela equipe e usuários do serviço, com uma manhã de muitas homenagens.

A história desse serviço começou em 1999, com a criação do Centro de Estudos e Atenção às Dependências Químicas (CEAD), credenciado em 8 de novembro de 2002 como CAPS AD II e depois, em 2015, foi requalificado para a modalidade de CAPS AD III, passando a oferecer, também, o acolhimento intensivo por até 14 dias e suporte da equipe de saúde 24 horas por dia, incluindo finais de semana e feriados.

Ramona Cerqueira, secretária municipal de saúde
Ramona Cerqueira, secretária municipal de saúde

A secretária municipal de Saúde, Ramona Cerqueira, parabenizou a equipe pelo trabalho excepcional de acolhimento aos usuários, mesmo em meio a tantas dificuldades, ao longo desses 20 anos. “Era um equipamento pequeno, que foi crescendo e hoje temos uma estrutura totalmente própria, adequada para atender os usuários. É para isso que estamos aqui, para comemorar cada evolução e com a consciência de que precisamos evoluir ainda muito mais. Estamos caminhando para fortalecer a nossa rede de assistência e cuidado às pessoas em sofrimento mental”, afirmou a secretária.

Juliano Lima é um dos pacientes atendidos pelo CAPS AD desde 2005. Ele relatou que o início do seu tratamento foi como um despertar. “Até então, desconhecia que eu enfrentava o alcoolismo e o Caps foi fundamental na minha vida para eu entender e me reconhecer como dependente químico que precisava de acompanhamento psicológico e clínico”, relembrou Juliano, que complementou: “É muito bonito ver a assistência que o Caps oferece não só aos usuários, mas também aos familiares e me sinto muito honrado em ter conhecido essa instituição e fazer parte dela”.

Usuário ativo do CAPS há nove anos, Paulo Andrade, de 62 anos, enxerga sua evolução e ainda pretende avançar ainda mais. “Eu digo que eu tive 90% de melhora. Criei amizades, responsabilidade, conhecimento e honestidade. O Caps pra mim é uma escola que tem uma família com todos os usuários e os profissionais que são meus educadores”, contou ele.

Reconhecimento ao trabalho dos profissionais

O Caps AD III possui uma equipe composta por 53 profissionais e, hoje, todos eles receberam uma medalha de honra pela dedicação e trabalho prestado à população. Edilza Souza, que também recebeu uma placa de homenagem, trabalha como recepcionista do serviço desde a fundação e diz se orgulhar de fazer parte dessa história. “Pra mim são 22 anos, porque estou aqui desde o CEAD, onde tudo começou. Sou muito feliz trabalhando aqui, pretendo continuar aqui até me aposentar, com vida e com saúde”, contou Edilza.

Gerente do Caps AD III, Thamara Cafezeiro e Edilza Souza
Gerente do Caps AD III, Thamara Cafezeiro e Edilza Souza

A psicóloga Aracely Paiva, que já trabalhou no serviço e hoje atua como coordenadora de apoio técnico de saúde mental, relatou que o CAPS AD III não é só um trabalho, mas sim uma missão para a vida. “Força na missão é o meu slogan de vida que esse lugar me deu e eu quero honrar a vida de cada um dessa equipe, porque não é fácil sermos atravessados por tantos afetos, por tantas dificuldades, cenários mentais e reais que são extremamente dolorosos e que são compartilhados pelos nossos usuários, na confiança em que eles têm na gente cuidar das suas dores”, ressaltou Aracely.

Esse reconhecimento do CAPS AD perpassa por uma política estruturada de saúde mental e se dá a partir de um movimento social que culminou na luta manicomial, que defende o cuidado em liberdade. “A gente vê como é importante resistir, nadando contra a maré muitas vezes, mas fazer valer o que a política preconiza, fazer valer a importância do reconhecimento dos direitos de acesso a essa população e ver esse serviço crescer, se instituir nessa oferta de cuidado intensivo e integral a saúde. A gente espera que o serviço, cada vez mais, cresça e possa alcançar mais pessoas”, finalizou a coordenadora de saúde mental do município, Thayse Fernandes.

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