Trump já era e pelas bravatas praticadas ao sair, acredito que não deverá retornar à vida política. Bagunçou o Capitólio e também a democracia do tio Sam. Fiquei esperançoso que seu fiel servo o acompanhasse. E deveria, pelo menos para bater continência à bandeira que tanto venera.
De que servem os 61 pedidos de impeachment contra Bolsonaro, cuidadosamente engavetados por Rodrigo "Mala" - sem alça -, se as normas do jogo são condicionadas às conveniências de políticos desacreditados que só pensam nos próprios interesses?. De 2019 para cá, a esculhambação tomou conta do Brasil, sem que haja registro de um único ato louvável da iniciativa da presidência, a começar por nomeações de ministros e assessores sem qualquer qualificação para o exercício da função, numa sequência ininterrupta de exonerações, terminando por transformar os ministérios em verdadeiros quartéis.
Só assim para justificar a absurda lista de alimentos recentemente divulgada na mídia. Superfaturada, diga-se de passagem. Impossível esquecer as loucuras e burrices de Weintraub e agora as mancadas de um general com formação em logística no ministério da saúde. Só mesmo na cabeça de um presidente paspalho e desequilibrado.
Estamos esperando o quê?. Mais arruinado do que o País está, com a economia em frangalhos, milhares de desempregados, adotando de forma irresponsável e criminosa a política negacionista e fazendo pouco caso das mais de 210 mil vidas, só lhe resta o impeachment. Agora incentiva a iniciativa privada na aquisição de 33 milhões de vacinas, abrindo a cancela para que futuramente sejam comercializadas a peso de ouro nos laboratórios e hospitais particulares. Ou seja, privilegiando as pessoas de maior poder aquisitivo e dando as costas para a pobreza, que é maioria absoluta.
Respeite o sofrimento do povo. Basta de genocídio. Fora Bolsonaro.
Jorge Braga Barretto
E-mail: jbbarretto@gmail.com
*Publicado também no Jornal A Tarde, edição de 28.01.2021, coluna Espaço do Leitor.