Começou neste sábado (26), no Parque de Exposições, em Salvador, o maior festival e movimento global de cultura negra do mundo, o Afropunk Bahia 2022. O Governo da Bahia está presente no evento através de um espaço onde estão sendo promovidas ações que fortalecem a cultura negra e oferecem maquiagem e pinturas étnicas, amarração de turbantes, além de serviços do entretenimento digital com a câmera de 360 graus. O espaço fica logo após a entrada do evento, pelo acesso da Avenida Paralela.
“Espaço maravilhoso, representa totalmente a festa. E eu, que vim me achando sem nada, agora estou me achando incrível, no clima do festival”, disse a chefe de cozinha Bianca Oliveira, que escolheu fazer um turbante para valorizar seu penteado com tranças box braids.
Em sua segunda edição na capital baiana, o evento conta com dois palcos e uma programação com mais de 30 shows de artistas nacionais e internacionais. A primeira noite trouxe apresentações de nomes como Masego, Black Pantera, Emicida, Liniker, Psirico e Margareth Menezes, que convidou a Didá. “Isso fortalece, também, a cena da cidade, tem uma galera nova fazendo coisas incríveis e eu acho que Salvador cabe exatamente o Festival Afropunk”, declarou Margareth.
Neste domingo (27), se apresentam Ludmilla, A Dama, com participação de MC Carol, Attooxxá e Karol Conká, Baco Exu do Blues, Mart’nália e Larissa Luz convidam Nelson Rufino, Ministereo Público, entre outras atrações locais e nacionais. A grade completa pode ser conferida pelo perfil do festival no Instagram @afropunkbahia.
Antes de se tornar um festival, o Afropunk surgiu como um movimento cultural, que tinha como propósito ser resistência dentro de uma comunidade punk rock dominada por pessoas brancas. O lançamento do documentário Afro-Punk (2003), dirigido por James Spooner, foi um pontapé inicial para o movimento.
Repórter: Lina Magali