Quarta, 27 de Novembro de 2024
23°C 26°C
Salvador, BA
Publicidade

ANS: saúde suplementar registra resultado negativo de R$ 2,5 bilhões

Cenário mais difícil foi observado nas operadoras de grande porte

08/12/2022 às 14h00
Por: Redação Fonte: Agência Brasil
Compartilhe:

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou hoje (8) os dados econômico-financeiros referentes ao terceiro trimestre de 2022. De janeiro a setembro deste ano, o setor registrou resultado líquido negativo de R$ 2,5 bilhões, concentrado especialmente, em operadoras de assistência médica de grande porte.

No total, as operadoras médico-hospitalares apresentaram resultado líquido negativo de R$ 3,4 bilhões. Já as operadoras exclusivamente odontológicas e administradoras de benefícios tiveram resultado líquido positivo de R$ 958,5 milhões.

“Para efeitos comparativos, em 2018 e 2019, [anos] que antecederam a pandemia de covid-19, o resultado líquido acumulado até o terceiro trimestre de cada ano girava em torno de R$ 8 bilhões. Atingiu pico de R$ 15,9 bilhões em 2020, já influenciado pela questão sanitária, e apresentou queda a partir de 2021”, diz, em nota, a ANS.

Segundo a agência reguladora, as dificuldades do mercado para obter retorno exclusivamente na operação de planos vêm sendo observadas desde o segundo trimestre de 2021.

A sinistralidade acumulada do ano aumentou, passando de 88,84% no segundo trimestre de 2022 para 90,30% no terceiro. "Esses números indicam que praticamente 90% do arrecadado com os planos é gasto com assistência à saúde", disse, em nota, o diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, Jorge Aquino.

“Em uma análise geral dos números, retirado o efeito da inflação (IPCA), nota-se queda de receita de planos (-3%) e de despesa assistencial (-2%) no último trimestre, apesar do aumento do número de beneficiários, que ficou em 50,1 milhões (planos médico-hospitalares) e 30,5 milhões (planos exclusivamente odontológicos) em setembro de 2022. A comparação da receita de planos e despesas assistenciais reforça os movimentos de estagnação da receita e sugere mudança dos beneficiários para planos mais baratos desde o 4º trimestre de 2021”, diz a ANS.

Segundo a ANS, o principal compensador de desempenho com a operação de planos continua sendo o resultado das aplicações financeiras, que, favorecido por taxas de juros mais altas, apresentou o melhor resultado acumulado da série para o terceiro trimestre: R$ 7,3 bilhões entre as médico-hospitalares. Este número já é maior do que o setor registrou no ano inteiro de 2021.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Publicidade
Publicidade


 


 

Economia
Dólar
R$ 5,84 +0,50%
Euro
R$ 6,17 +1,17%
Peso Argentino
R$ 0,01 -0,10%
Bitcoin
R$ 593,492,64 +4,61%
Ibovespa
129,412,63 pts -0.39%
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Anúncio