A Secretaria de Estado da Saúde (SES) lança em sua página, no formato digital, nesta terça-feira (27), a primeira história do ‘Almanaque da Saúde’ com o tema “Certificado de Coragem”. A revistinha em quadrinhos, que pode ser baixada gratuitamente em formato PDF, foi inspirada na estética dos animes, ela apresenta maneiras de identificar e denunciar a violência sexual praticada contra crianças e adolescentes.
“Acolher com humanização as crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, sempre fez parte da rotina da SES. A maternidade Nossa Senhora de Lourdes durante toda a nossa gestão, esteve de portas abertas, acolhendo e dando os melhores encaminhamentos para minimizar os danos causados por esse tipo de violação. Além disso, sempre fomentamos a visibilidade desse tema junto à sociedade e com mais esse produto, a revistinha, pensada para promover a educação em saúde, na reta final da gestão atual, ratificamos o compromisso com as questões que afetam a infância e adolescência”, destaca Mércia Feitosa, secretária de Estado da Saúde.
A iniciativa da SES, que tem o roteiro do jornalista Ewertton Nunes, e a concepção visual do designer Ruan Góis, foi finalista na categoria ‘Campanha de Comunicação’ do Prêmio Fundação José Luiz Egydio Setúbal, realizado em setembro deste ano. “A revistinha foi desenvolvida pela equipe talentosa da nossa Assessoria de Comunicação da SES, tem uma finalidade educativa. A proposta foi conceber uma obra que possa ser apreciada por todos os públicos, porém, leve a informação de maneira lúdica, principalmente, para crianças e adolescentes, possibilitando que se tornem agentes importantes no enfrentamento de uma das piores formas de violência que os acomete, a sexual”, expressa Eduardo Andrade, diretor da Ascom/ SES.
Para o responsável pela narrativa da revistinha, o jornalista Ewertton Nunes, a primeira edição do Almanaque da Saúde, é uma forma de tornar mais acessível a comunicação sobre uma temática que ainda é tabu na sociedade. “Nós estamos muito felizes por entregar, na reta final do ano, um produto tão relevante que pode ser trabalhado em 2023 junto às escolas e demais espaços de educação. Precisamos falar todos os dias, de diferentes formas, sobre a violência sexual praticada contra crianças e adolescentes, porque essa é uma violência que, lamentavelmente, ocorre a todo instante. A nossa ASCOM escolheu falar do tema por meio de uma linguagem e estética que faça sentido para eles”, destaca o roteirista.
O autor falou da história contada na revistinha e sobre a função das personagens que compõem a trama. “Nós criamos a personagem central do enredo, Susy, uma jovem heroína, na qual toda menina pode se reconhecer. O seu nome foi inspirado na sigla do Sistema Único de Saúde, o SUS. No episódio ‘Certificado de Coragem’, Susy e o amigo Ulisses notam a ausência frequente da amiga Marielle à escola e resolvem ir até a casa dela. Quando chegam na residência ouvem gritos e, ao baterem na porta, são recebidos pelo padrasto da garota que demonstra um comportamento suspeito. Ao perceber os sinais de abuso no corpo da amiga Marielle, a esperta Susy diz que a professora os incumbiu de levar uma tarefa sobre trânsito, então, mostra as cores dos semáforos explicando o que cada uma representa. A amiga Marielle compreende a intenção de Susy e escolhe a cor vermelha, confirmando que está em perigo, então, eles conseguem mandar mensagem para o celular de Márcia, mãe de Susy, que aciona a polícia e o padrasto agressor é preso. Na história da revista evidenciamos que o agressor sexual, muitas vezes, está dentro de casa. As estatísticas mostram que as crianças e adolescentes são comumente abusadas por parentes ou alguém próximo da família, por isso, é preciso desenvolver a percepção das nossas meninas e meninos sobre o abuso e a violência sexual, ensinando-os os caminhos para denunciar”, ressalta o Ewertton.
A revistinha traz, ainda, páginas de interação, nas quais as informações lidas podem ser reforçadas por meio de jogos e desenhos para colorir. Além disso, contém informações importantes sobre os serviços que estão disponíveis dentro da Rede Estadual de Saúde para acolher crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, a exemplo do novo Centro de Referência em Atendimento Infantojuvenil (Crai), unidade recém inaugurada que funciona na área anexa da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes e tem o objetivo de minimizar as consequências dessas violências, além de punir os agressores criminalmente.