A Secretaria de Estado da Saúde (SES) através do Programa IST/Aids realiza há anos um trabalho intenso de orientação sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis. Nesta quarta-feira, 28, foi executada uma ação educativa com objetivo de atualizar os profissionais de saúde que atuam no sistema prisional do Estado, sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis e prevenção combinada.
O técnico do Programa de Vigilância, Prevenção e Controle das ISTs, HIV/Aids e Hepatites Virais, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Almir Santana, salienta que é essencial a atualização, principalmente porque há muitos profissionais novos no sistema prisional.
“Atualizamos os profissionais sobre prevenção combinada e IST/Aids. Como tem novos profissionais que estão atuando no sistema previsional, é muito importante essa ação educativa. Destacamos sobre os cuidados para realizar os testes no presídio. Dialogamos também sobre a Profilaxia Pré-Exposição (PreP). No aconselhamento dos detentos, é importante que os profissionais passem novas informações. Em caso de violência, o detento deve ser encaminhado para fazer a PEP. Também é importante a notificação de todas as ISTs”, disse.
A PrEP é um método em que é utilizado medicamento anti-HIV de forma programada para evitar uma infecção pelo HIV caso ocorra uma exposição. É uma nova forma de prevenção ao HIV que está sendo disponibilizado no Sistema Único de Saúde (SUS). Já a PEP consiste no uso de medicamentos ou imunobiológicos para reduzir o risco de adquirir essas infecções. Deve ser utilizada após qualquer situação em que exista risco de contágio, tais como: Violência sexual; Relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com seu rompimento); Acidente ocupacional.
A enfermeira, Vilma Goes, participou da palestra e relatou que precisou usar a PEP por ter sofrido um acidente de trabalho. “Desde quando entrei no Sistema prisional são realizadas atualizações e treinamentos. Mas esse ano está sendo muito importante porque a Saúde está trazendo informações sobre a PEP e PrEP que está disponível em todo o estado. Eu sofri um acidente no trabalho, uma seringa após vacinar um interno caiu no meu pé e ultrapassou o tênis. Foi muito impactante emocionalmente, desgastante psicologicamente. Fizemos a notificação e foi feito o processo com a PEP, fizemos o acompanhamento realizando os testes e deu tudo certo. Por isso, acho excelente a iniciativa a ação”, disse.
A referência técnica da Saúde do Sistema Prisional, Ilani Paulina, explica como acontece o encaminhamento quando o detento está com alguma IST. “A partir do momento que o detento testa positivo para alguma IST, ele é encaminhado para exames complementares e encaminhado para o serviço de referência, onde recebe todo apoio psicológico e todo tratamento. Destacamos que diagnosticar e tratar é importante, também reforçamos a prevenção”, disse.