Por muito pouco, a morte da democracia no Brasil foi consolidada. As cenas que vimos ontem deram o desfecho trágico e cruel a todo um estado de coisas vividas desde 2013. Ao ver os prédios dos três poderes depredados em Brasília, sinto que cada célula do meu corpo morreu, a minha alma saltou e sublimou em ódio e tristeza.
Tudo de negativo foi concretizado na destruição daquilo que ajudamos a construir com o fruto dos nossos soldos parcos, dinheiro que pagamos para manter algo que é imperfeito, mas necessário. Fizemos vista grossa, subestimamos a loucura alheia como se o bizarro fosse algo jocoso. Preferimos rir da insanidade, do surto que levou a experiência de "quase morte" da nossa democracia. Chegamos finalmente ao limite.
E neste limite é que o Brasil deve renascer, acordar para reconstruir. Sem mágoas e ressentimentos, a nossa sociedade deve despolarizar para recolher os caquinhos da democracia e reconstruir o que restou de um país esfacelado.
Não morremos por inteiro, pois temos instituições fortes, vibrantes, figuras públicas responsáveis e corajosas. Nestes primeiros meses o Brasil renasce e da escuridão, reaparece. Nada morreu por completo, renasceu para brilhar diferente.
Viva o Brasil e a democracia que está contida nela
Por Gustavo Medeiros