Em 1968, exatos 53 anos, Coutinho - posteriormente apelidado de Mamãe Dolores pelos gozadores de plantão - foi contratado pelo Vitória como solução para o comando do ataque. Ainda jovem para a prática do futebol - 25 anos -, o craque consagrado como companheiro de Pelé, preferiu abusar da encantadora vida noturna de Salvador, tornando-se frequentador do bar privé existente no térreo do Edf. Napoli, em frente ao Farol da Barra, que era o point da época.
O pífio desempenho em campo deixava os torcedores desesperados, demonstrando total falta de compromisso com o clube. Como era esperado, fez turismo por pouco tempo e a artilharia se resumiu em um único gol de pênalti contra o São Cristóvão, por culpa de uma diretoria que muito se assemelha a atual. Walter em campo tem tudo a ver com o craque Coutinho no tocante à condição física, tamanha a dificuldade de locomoção. É tão flagrante a falta de condições físicas que só entra em campo a partir da metade do segundo tempo, ao que tudo indica, para justificar a inconcebível contratação. A torcida gostaria de saber quais os motivos que levaram o truculento presidente a contratar tal jogador que sequer consegue andar em campo, dando mostras evidentes de que também veio fazer turismo em plena pandemia.
Para um clube que se diz sem condições financeiras de bancar a folha salarial, no mínimo deve explicações quanto à esdrúxula aquisição, de deixar qualquer torcedor consciente com a pulga atrás da orelha. Pelo que se depreende, Coutinho fez escola e nossa cartolagem continua a mesma. Com esse time que aí está, fica difícil esperar por milagres, até porque não tenho por hábito misturar futebol com religião como estranhamente fazem alguns jogadores de formação religiosa questionável, uma vez que, se de um lado agradecem a Jesus Cristo por uma vitória alcançada, de outro, nenhuma referência fazem ao Todo Poderoso quando derrotados.
Jorge Braga Barretto
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