Acidentes de trabalho, esportivo, doméstico e, principalmente, de trânsito são os principais responsáveis pelos riscos de trauma na face. O Hospital de Urgências Governador João Alves Filho (Huse) faz uma alerta à população sobre esses casos e as complicações que eles podem causar à saúde. A unidade hospitalar, que pertence ao Governo de Sergipe, sendo gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), registrou um total de 227 cirurgias na região do nariz, mandíbula e maxilar durante o ano de 2022.
Segundo o médico bucomaxilo e chefe da Traumatologia Bucomaxilofacial do Huse, Hélio Igor, os traumas da face podem trazer complicações na funcionalidade dos músculos faciais e implicam diretamente na dinâmica facial do indivíduo. “As principais sequelas são dificuldade de mastigação, problema na movimentação da mandíbula e modificações na posição do globo ocular, que provocam alterações na visão. Por fim, também há deformidades estéticas que podem interferir na vida social do paciente”, esclarece o profissional.
Hélio explica que o trauma bucomaxilofacial acomete tanto os tecidos moles da face, como pele, cartilagem, mucosa e língua, quanto os tecidos duros, que causam traumas dentários e ferimentos nos ossos da face, como na mandíbula, no maxilo, no complexo zigomático e no osso frontal. "Esse paciente envolvido no trauma pode estar acometido desde uma simples laceração de pele, coisa simples, até traumas mais complexos, que abrangem todos os ossos da face, como a perda de substâncias de pele, de lábio e de cartilagem”, detalha.
Ainda de acordo com o médico, os acidentes que provocam trauma na face estão associados à ausência de equipamentos que promovam a segurança das pessoas e variam de acordo com a atividade exercida. "Nós do Huse atendemos, principalmente, acidentes com motociclistas, seguido de agressões físicas e, também, pacientes que porventura se machucam em alguma atividade esportiva ou em ambiente de trabalho por falta do uso do equipamento de segurança ideal para a atividade. Mas, de longe, pacientes alcoolizados e motociclistas sem capacete são os casos mais predominantes aqui no hospital", afirma o bucomaxilo.