Não só estamos vivendo há alguns anos a pandemia da Covid-19, mas a população brasileira sofre também com os graves efeitos da pandemia da desinformação, com nítidos malefícios sociais e cognitivos da crença em informações falsas.
A perda ou a ausência do pensamento analítico em questionar informações, assimilando e propagando inverdades, tornou uma agenda prioritária para a governança eleita.
Considerando o caráter global dos sistemas de comunicação atuais, e de redes sociais em especial, se faz urgente análise da susceptibilidade da população brasileira à informações falsas e a regulamentação legislativa que coíbe a propagação da desinformação.
Os distúrbios sociais são diversos: na saúde, nas relações sociais, na educação, credibilidade do sistema eleitoral e os papéis das instituições democráticas. Dentre estes distúrbios destacamos a saúde. O Brasil o qual já foi referência em erradicação de doenças com o seu sistema imunização, voltou a ter em 2019 casos de sarampo, inclusive com mortes. Antes desse ressurgimento, o país havia passado quase duas décadas registrando alguns poucos casos importados da doença.
Há nítida corrupção da liberdade de expressão e direito á informação, o que são pilares do regime democrático. O direito de uma escolha livre, sem contaminação do vírus da desinformação é uma previsão constitucional: sociedade livre, justa e solidária.
O governo Lula (PT) quer responder de forma "mais contundente" a informações mentirosas sobre ações governamentais, para que os disseminadores de desinformação e as plataformas de internet sejam responsabilizados
Sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), desenha-se o cenário de que órgãos do Executivo devem atuar de modo pró-ativo e inclusive judicialmente contra desinformação sobre políticas públicas.
Depois da fome e insegurança alimentar, a prioridade é estabelecer o limite em liberdade de expressão e desinformação, mas sobretudo promover com educação e politização do povo brasileiro para que não continue sendo um terreno fértil para à desinformação.
Lisdeili Nobre - Doutoranda em Políticas Sociais, docente, Delegada de Polícia Civil/Ba e ativista social.
Contato: lisdeilinobre@hotmail.com