Centrado no desenvolvimento de ações em prol das sergipanas, o Governo de Sergipe vem articulando parcerias focadas na capacitação de mulheres assentadas, acampadas e quilombolas. Nesse sentido, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) discutiu nesta quarta-feira, 25, a construção de um acordo de cooperação técnica junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra/SE).
O diálogo se deu por meio da Diretoria de Inclusão Produtiva e Empreendedorismo Feminino e do Observatório da Mulher Sergipana, e o objetivo é a qualificação voltada ao empreendedorismo, à geração de renda e ao enfrentamento da violência doméstica. “Historicamente, as mulheres que desenvolvem atividades agrícolas estão subnotificadas, ou inclusas no regime de economia familiar, fato que dificulta a elaboração de políticas públicas destinadas para elas”, ressaltou a diretora de Inclusão Produtiva e Empreendedorismo Feminino da SPM, Adriana Mallezan.
Na visão da gerente da Diretoria de Inclusão Produtiva da Secretaria, Jamile da Conceição, a colaboração terá efeito afirmativo. “Esta parceria com o Incra/SE permitirá um maior trânsito a essas mulheres, sobretudo as assentadas e quilombolas, que na maioria das vezes residem em locais distantes e têm pouco acesso ao poder público. Vamos dar visibilidade e acolhimento a todas essas mulheres que produzem os alimentos que chegam às mesas dos sergipanos”, complementou.
Além disso, será feita a capacitação e sensibilização da equipe técnica do Incra para atuar de forma efetiva no combate à violência contra a mulher e no acolhimento das vítimas que integram o público da reforma agrária. “O Incra compreende a importância do enfrentamento à violência e tem o compromisso de contribuir de todas as formas com o fim desse problema”, ressaltou a superintendente substituta do Incra/SE, Evelyne Costa.
O encontro definiu, também, o compartilhamento de dados do público feminino atendido pelo Incra. O material disponibilizado será utilizado na elaboração de políticas públicas voltadas especialmente para as mulheres em situação de vulnerabilidade. “Esta é uma parceria extremamente importante, sobretudo para a SPM. Com o compartilhamento de informações sobre mulheres quilombolas e assentadas, poderemos ter material suficiente para nos guiar na criação de políticas públicas efetivas”, destacou a assistente técnica do Observatório da Mulher Sergipana, Luanna Barroso.