ARTICULISTAS ELEIÇÕES
ELEIÇÕES NO CONGRESSO NACIONAL
COLUNA WENSE, QUARTA, 1 DE FEVEREIRO DE 2023.
01/02/2023 12h38 Atualizada há 2 anos
Por: Carlos Nascimento Fonte: Marcos Wense

Hoje, quarta, primeiro dia do mês de fevereiro, tem duas eleições no Congresso Nacional, com os senhores parlamentares votando no seu candidato à presidência da Câmara dos Deputados e do Senado da República.

Como à reeleição de Arthur Lira (PP-AL) para o comando da Câmara Baixa é dada como favas contadas, a possibilidade de uma remota surpresa fica por conta do pleito na Câmara Alta, com a disputa entre Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Rogério Marinho (PL-RN).

Lira, ex-bolsonarista de carteirinha, protagonista-mor do centrão, defensor ferrenho do então chefe do Palácio do Planalto, tem o apoio do PT e de várias legendas que integram a base de sustentação política do governo Lula 3.

Os senadores contrários à recondução de Pacheco, quase todos bolsonaristas, sabem do favoritismo do adversário. Mas mantém a esperança de uma votação acima de 30 sufrágios, o que significa deixar acesa a chama da instalação de uma CPI, já que são necessárias 27 assinaturas para que seja instalada.

O candidato governista precisa de 41 votos, que é o número mínino do total de 81 senadores, para liquidar a fatura logo na primeira etapa eleitoral. Portanto, da maioria simples.

Pelos últimos levantamentos da imprensa, Pacheco já conta com 38 votos e Marinho com 29. Os outros senadores preferiram não declarar seu candidato. Vale ressaltar que os dois votos em Eduardo Girão (Podemos-CE) vão terminar indo para o candidato do ex-presidente Bolsonaro.

Tem senador, eleitor de Marinho, já defendendo uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) envolvendo Juscelino Filho (União Brasil), ministro das Comunicações, suspeito de usar R$ 5 milhões do vergonhoso "orçamento secreto" em benefício próprio.

A derrota de Rogério Marinho é tida como inevitável. Mas a quantidade de votos para ter o poder de instalar uma CPI passa a ser uma grande vitória.

PS - E por falar no ministro das Comunicações, Juscelino Filho, a cúpula nacional do PT continua silenciosa. O silêncio é ensurdecedor, o que só faz, como disse no comentário de ontem, alimentar a impunidade, que vai ficando cada vez mais obesa e desafiadora.

Bom dia! Bom dia!

MARCOS WENSE - Advogado e comentarista político do Diário Bahia.

Contato: redacao@diariodabahia.com.br

ELEIÇÕES NO CONGRESSO NACIONAL
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ELEIÇÕES NO CONGRESSO NACIONAL
COLUNA WENSE, QUARTA, 1 DE FEVEREIRO DE 2023.
01/02/2023 12h38 Atualizada há 2 anos
Por: Carlos Nascimento Fonte: Marcos Wense

Hoje, quarta, primeiro dia do mês de fevereiro, tem duas eleições no Congresso Nacional, com os senhores parlamentares votando no seu candidato à presidência da Câmara dos Deputados e do Senado da República.

Como à reeleição de Arthur Lira (PP-AL) para o comando da Câmara Baixa é dada como favas contadas, a possibilidade de uma remota surpresa fica por conta do pleito na Câmara Alta, com a disputa entre Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Rogério Marinho (PL-RN).

Lira, ex-bolsonarista de carteirinha, protagonista-mor do centrão, defensor ferrenho do então chefe do Palácio do Planalto, tem o apoio do PT e de várias legendas que integram a base de sustentação política do governo Lula 3.

Os senadores contrários à recondução de Pacheco, quase todos bolsonaristas, sabem do favoritismo do adversário. Mas mantém a esperança de uma votação acima de 30 sufrágios, o que significa deixar acesa a chama da instalação de uma CPI, já que são necessárias 27 assinaturas para que seja instalada.

O candidato governista precisa de 41 votos, que é o número mínino do total de 81 senadores, para liquidar a fatura logo na primeira etapa eleitoral. Portanto, da maioria simples.

Pelos últimos levantamentos da imprensa, Pacheco já conta com 38 votos e Marinho com 29. Os outros senadores preferiram não declarar seu candidato. Vale ressaltar que os dois votos em Eduardo Girão (Podemos-CE) vão terminar indo para o candidato do ex-presidente Bolsonaro.

Tem senador, eleitor de Marinho, já defendendo uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) envolvendo Juscelino Filho (União Brasil), ministro das Comunicações, suspeito de usar R$ 5 milhões do vergonhoso "orçamento secreto" em benefício próprio.

A derrota de Rogério Marinho é tida como inevitável. Mas a quantidade de votos para ter o poder de instalar uma CPI passa a ser uma grande vitória.

PS - E por falar no ministro das Comunicações, Juscelino Filho, a cúpula nacional do PT continua silenciosa. O silêncio é ensurdecedor, o que só faz, como disse no comentário de ontem, alimentar a impunidade, que vai ficando cada vez mais obesa e desafiadora.

Bom dia! Bom dia!

MARCOS WENSE - Advogado e comentarista político do Diário Bahia.

Contato: redacao@diariodabahia.com.br