SAÚDE Sergipe
Saúde lança projeto de acolhimento para os acompanhantes e funcionários do CER IV
O novo projeto tem um foco especial para as mães de crianças e adolescentes atendidos no Centro
03/02/2023 16h01
Por: Redação Fonte: Secom Sergipe

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) lançou, na última quinta-feira, 2, o projeto ‘Direitos Humanos: Outras Questões de Saúde’, destinado aos acompanhantes de usuários e funcionários do Centro Especializado em Reabilitação Auditiva, Física, Intelectual e Visual José Leonel Ferreira Aquino (CER IV). Representantes da Secretaria de Estado da Assistência Social e Cidadania (Seasc) participaram do lançamento do projeto que prevê ações por meio de ciclos temáticos e, assim, promover o acolhimento e formação social para os acompanhantes dos que se utilizam e trabalham no Centro.

O Centro Especializado em Reabilitação realiza diagnóstico e avaliação, orientação e estimulação precoce, reabilitação/habilitação funcional de pessoas com deficiência (PcD), para sua autonomia e independência. O novo projeto tem o foco voltado para os funcionários do serviço, acompanhantes e familiares que vão junto com os usuários, em especial as mães de crianças e adolescentes atendidos.

Violência contra a mulher

A violência de gênero foi o tema escolhido para a inauguração do projeto. O grupo cênico Coletivo Teatro de Mala abordou as diversas formas de violência contra a mulher no espetáculo ‘Sou uma mulher, não sou uma invenção’. A jovem Ana Beatriz dos Santos, 20 anos, trabalha como auxiliar de serviços gerais no CER IV e elogiou a iniciativa. “São informações que podem mudar a vida das pessoas. Eu até gravei uma parte e mandei para uma amiga, porque muita mulher passa por essas situações que vimos aqui hoje na peça”, disse a funcionária.

A superintendente de Atenção Integrada à Primeira Infância da Seasc, Alynne França, acompanhou o lançamento e destacou a importância do olhar para os familiares. “O CER IV é um serviço de reabilitação que trabalha com pessoas com deficiência e as pautas relacionadas à mulher têm um significado gigantesco, pois na maioria das vezes a mãe é quem traz as crianças e adolescentes para o serviço. Essas mulheres vivem inúmeros tipos de sofrimento. É muito importante oferecer cuidado também para quem cuida”, salientou.

A Secretaria de Estado da Assistência Social e Cidadania visa atuar, também, em parceria com o CER IV, conforme conta a diretora de Inclusão e Direitos Humanos da Seasc, Patrícia França. “Qualquer tipo de educação desperta e liberta as pessoas. Nos colocamos à disposição para parcerias, no sentido de promover os direitos humanos e garantir a dignidade da pessoa, a liberdade, enfim, todo tipo de acolhimento para promover a cidadania e combater qualquer tipo de violência”, destacou.

Intenção do projeto
O projeto é desenvolvido pelo Núcleo de Educação Permanente (NEP) do CER IV. O gerente do NEP, Zak Moreira, conta que ao longo do ano serão desenvolvidas três ações do projeto: ‘Não aperte minha mente, libere meu corpo’, voltado para os trabalhadores terceirizados; ‘Seja como for, seja leve’, destinado aos demais trabalhadores das áreas técnicas, administrativas e essenciais; e ‘Sala sem espera’, voltado para as mães e demais acompanhantes dos usuários.

“Essas três ações vão permear o CER IV neste semestre. O Núcleo de Educação Permanente tem o objetivo de fazer a integração da comunidade e amplificar a qualificação técnica. O projeto envolve as camadas da comunidade que circulam pelo serviço, desde os acompanhantes até os profissionais técnicos e terceirizados. A intenção é que as pessoas saiam daqui e levem esses conhecimentos para a vida, para a sua casa, para que mude a vida das pessoas”, destacou o gerente do NEP, Zak Moreira.

A coordenadora do CER IV, Diana Guerra, reforça a importância de acolher o núcleo de pessoas que cuidam da pessoa com deficiência (PcD). “Somos um centro especializado em reabilitação e aqui oferecemos todas as condições terapêuticas para dar o máximo de autonomia e independência às pessoas com deficiência. Porém, quando os usuários chegam, eles vêm acompanhados, em sua maioria, por mulheres. Precisamos dar atenção a essas mulheres, que muitas vezes carregam suas dores, não só por ter uma pessoa com deficiência em casa, mas também por todo um contexto socioeconômico em que vive”, concluiu.