COLUNA WENSE, QUARTA, 08.02.2023

O MAESTRO DA CONCILIAÇÃO

O governador Jerônimo Rodrigues age com sabedoria ao não tomar posição no que diz respeito ao relacionamento político entre Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, e Jaques Wagner, líder do governo Lula 3 no Senado da República. Os ex-governadores da Boa Terra já não conversam como antigamente. Nos bastidores, entre correligionários mais próximos, fazem seus desabafos. 

O criador se queixa da criatura e vice-versa. Cada um com seus motivos, assentados em argumentos que acham que são consistentes e inquestionáveis. Rui não quer mais ficar "preso" ao waguismo. 

O atual chefe do Palácio de Ondina acerta quando procura apaziguar o confronto. Já pensando na reeleição, Jerônimo, cria política de Rui, quer ficar bem com ambos. O problema é que o Wagner versus Rui, pelo andar da carruagem, tende a ficar mais intenso.

Bom dia! Bom dia!

(COLUNA WENSE, QUINTA, 09.02.2023). 

ELEIÇÃO NO TCM E A CONDIÇÃO DE PRESIDENCIÁVEL DE RUI COSTA

A bancada governista na Assembleia Legislativa do Estado se reúne hoje, quinta-feira (9), para decidir o que já está decidido : o apoio ao nome de Aline Peixoto para o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). O salário mensal é de R$ 42 mil, fora outras gratificações inerentes ao exercício do cobiçado cargo. Nenhum deputado, principalmente do PT, vai ousar em desafiar o governador Jerônimo Rodrigues e, muito menos, a esposa de Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, que fica mais fortalecido com a ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) sendo controlada pela Casa Civil. Em relação aos outros partidos, tidos como de oposição, o PP de João Leão, que tem como secretário-geral Jabes Ribeiro, ex-prefeito de Ilhéus, é o que chama mais atenção. 

A sigla não fechou questão sobre o assunto, já que a maioria dos deputados defende que a legenda faça parte da base aliada governista, obviamente tendo como contrapartida espaços no governo JR, já que não existe almoço de graça na política. 

Vale lembrar que a votação é secreta, o que faz aumentar a possibilidade de se mudar o voto já negociado. 

Até as freiras do convento das Carmelitas sabem que a eleição da ex-primeira-dama da Boa Terra é dada como, politicamente falando, favas contadas.  Matematicamente, 2+2=4. O oposicionismo bolsonarista, até hoje inconformado com a derrota do "mito", que não conseguiu permanecer por mais quatro anos como morador mais ilustre do Palácio do Alvorada, usa a expressão "maridismo" quando se refere à indicação de Aline para o TCM. O que ainda não se sabe, é se toda essa repercussão em torno do assunto vai respingar na condição de presidenciável de Rui Costa.