Não é normal o candidato eleito para o Executivo, seja a prefeito, governador e presidente da República, logo no começo do mandato, antes mesmo de completar 100 dias da posse, dizer que vai disputar à reeleição.
Politicamente falando, é totalmente desaconselhável, de uma inominável e gigantesca infantilidade, um tiro no próprio pé.
No caso específico do atual chefe do Palácio do Planalto, a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, é uma ardorosa defensora do quarto mandato de Lula.
Ora, ora, até as freiras do convento das Carmelitas sabem que a fiel escudeira de Lula, companheira de sua inteira confiança, não iria se posicionar a favor da reeleição sem ter o consentimento do petista-mor.
Se Gleisi declara publicamente sua defesa pela permanência de Lula por mais quatro anos no Alvorada, obviamente pelo voto, é porque já conversou com ele e recebeu o ok.
Outro ponto, que não pode ser descartado, é que Gleise, se posicionando favorável que Lula dispute a sucessão de 2026, esteja dando um freio em uma provável rivalidade entre os presidenciáveis Geraldo Alckmin (PSB), Rui Costa (PT) e Simone Tebet (MDB).
De uma coisa se tem certeza: se Luiz Inácio Lula da Silva sentir que pode ganhar o pleito, "não tem doutor", como diz a sabedoria popular, que faça recuar.
Alckmin, Rui Costa, Simone Tebet e outros postulantes da base governista, que integram o governo Lula 3, vão ter que esperar o processo sucessório de 2030.
Bom dia! Bom dia!