ARTICULISTAS ESCADA POLÍTICA
MORO, BOULOS E A POLÍTICA
(COLUNA WENSE, SEXTA, 17.02.2023).
21/02/2023 12h36
Por: Carlos Nascimento Fonte: Marcos Wense

Ingratidão e traição são elementos que fazem parte do movediço e traiçoeiro mundo da política. O título do mais ingrato e traidor na eleição de 2022 ficou com o ex-juiz Sérgio Moro, o que usou a Operação Lava Jato como escada para entrar na política. Moro, com suas barbeiragens jurídicas, na ânsia desenfreada de ver Lula na cadeia, terminou sendo o responsável pela elegibilidade do petista-mor e, como consequência, seu retorno à presidência da República. Por que o agora senador Moro recebeu o troféu do mais ingrato e traidor do pleito de 2022? É só perguntar a Álvaro Dias, destacada liderança do Podemos. 

A legenda gastou uma dinheirama para promover à pré-candidatura do ex-magistrado ao Palácio do Planalto. Na calada da noite, Moro se acerta com o União Brasil, se filia ao partido, desiste de ser um presidenciável e se lança ao Senado pelo Estado do Paraná, virando adversário do senador Álvaro Dias, que terminou não se reelegendo. Em curso, mais uma inominável ingratidão e traição envolvendo o PT e Guilherme Boulos, principal político do PSOL, que começou a perder a identidade quando passou a ser uma espécie de, digamos, um PCdoB do PT. 

Boulos deixou de ser candidato ao governo do Estado de São Paulo, na eleição de 2022, em troca da promessa, com o aval de Lula, de que seria o candidato do PT à prefeitura de São Paulo na sucessão de 2024. 

"Não há compromisso do PT de apoiar Boulos", diz Jilmar Tatto, secretário nacional de comunicação do Partido dos Trabalhadores. Boulos caiu na lábia do lulopetismo. Com efeito, comentei por diversas vezes que o Psol errou quando deixou de trilhar seu próprio caminho para ser "puxadinho" do PT. Perdeu a grande oportunidade de ser a sigla mais representativa da esquerda. Jogou sua história na lata do lixo. 

Com essa aproximação do governo Lula 3 com o centrão, o Psol seria o protagonista do discurso contra o toma lá, dá cá. Infelizmente, resta ao Psol ficar sendo tratado como aliado coadjuvante. 

Aquele Psol de antigamente, de priscas eras, já foi. 

(COLUNA WENSE, SEXTA, 17.02.2023).    

Bom dia! Bom dia!

MORO, BOULOS E A POLÍTICA
ARTICULISTAS ESCADA POLÍTICA
MORO, BOULOS E A POLÍTICA
(COLUNA WENSE, SEXTA, 17.02.2023).
21/02/2023 12h36
Por: Carlos Nascimento Fonte: Marcos Wense

Ingratidão e traição são elementos que fazem parte do movediço e traiçoeiro mundo da política. O título do mais ingrato e traidor na eleição de 2022 ficou com o ex-juiz Sérgio Moro, o que usou a Operação Lava Jato como escada para entrar na política. Moro, com suas barbeiragens jurídicas, na ânsia desenfreada de ver Lula na cadeia, terminou sendo o responsável pela elegibilidade do petista-mor e, como consequência, seu retorno à presidência da República. Por que o agora senador Moro recebeu o troféu do mais ingrato e traidor do pleito de 2022? É só perguntar a Álvaro Dias, destacada liderança do Podemos. 

A legenda gastou uma dinheirama para promover à pré-candidatura do ex-magistrado ao Palácio do Planalto. Na calada da noite, Moro se acerta com o União Brasil, se filia ao partido, desiste de ser um presidenciável e se lança ao Senado pelo Estado do Paraná, virando adversário do senador Álvaro Dias, que terminou não se reelegendo. Em curso, mais uma inominável ingratidão e traição envolvendo o PT e Guilherme Boulos, principal político do PSOL, que começou a perder a identidade quando passou a ser uma espécie de, digamos, um PCdoB do PT. 

Boulos deixou de ser candidato ao governo do Estado de São Paulo, na eleição de 2022, em troca da promessa, com o aval de Lula, de que seria o candidato do PT à prefeitura de São Paulo na sucessão de 2024. 

"Não há compromisso do PT de apoiar Boulos", diz Jilmar Tatto, secretário nacional de comunicação do Partido dos Trabalhadores. Boulos caiu na lábia do lulopetismo. Com efeito, comentei por diversas vezes que o Psol errou quando deixou de trilhar seu próprio caminho para ser "puxadinho" do PT. Perdeu a grande oportunidade de ser a sigla mais representativa da esquerda. Jogou sua história na lata do lixo. 

Com essa aproximação do governo Lula 3 com o centrão, o Psol seria o protagonista do discurso contra o toma lá, dá cá. Infelizmente, resta ao Psol ficar sendo tratado como aliado coadjuvante. 

Aquele Psol de antigamente, de priscas eras, já foi. 

(COLUNA WENSE, SEXTA, 17.02.2023).    

Bom dia! Bom dia!