É impressionante como o Congresso Nacional - Câmara dos Deputados e Senado da República se comporta diante do salário mínimo. Para defender um aumento de R$ 30, R$ 40, é um Deus nos acuda. Mas quando o assunto diz respeito aos interesses dos senhores parlamentares, assentado no ditado popular da "farinha pouca, meu pirão primeiro", aí tudo é resolvido como em um passe de mágica, é vapt-vupt.
O fundo partidário, que é engordado a cada ano com dinheiro público, dinheiro nosso, do povo brasileiro, é um bom exemplo. Em 2022, a dinheirama para sustentar os partidos e suas lideranças políticas foi de R$ 1,029 bilhão. Agora, em 2023, será de R$ 1,185 bilhão.
A legenda que ficará com a maior fatia é o PL do ex-presidente Bolsonaro, com "irrisórios" R$ 205,8 milhões. O ex-chefe do Palácio do Planalto vai receber mensalmente, para custear suas despesas, a quantia de R$ 39 mil. A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, R$ 33,7 mil.
Como não bastasse esse fundão partidário, já no forno, pronto para ser servida, uma "pizza" de R$ 79 mil para bancar as acomodações em Brasília dos novos deputados e senadores.
A verba passa de R$ 40 milhões. Como vai também para os reeleitos, que já tem seu lugarzinho, seu teto para descansar, o auxílio vem sendo chamado de "mudança fantasma". Que coisa, hein! E o salário mínimo? Ora, ora, quem vive dele que se dane.
(COLUNA WENSE, QUARTA, 22.02.2023).
Bom dia! Bom dia!