O deputado estadual Fabrício Dias Nunes da Silva, mais conhecido como Pancadinha, se tomar a decisão de disputar a prefeitura de Itabuna no pleito de 2024, vai procurar outro abrigo partidário.
O parlamentar foi eleito pelo Solidariedade, que sob a batuta do deputado federal Paulinho da Força, lá do estado de São Paulo, presidente nacional da legenda, vem tentando sobreviver sem o dinheiro do fundo partidário.
Se o Solidariedade não obtiver sucesso na tentativa de fusão com o PROS e o Patriota, formando uma só legenda para ter acesso ao fundo partidário nas eleições de 2024, muitos políticos, assentado no argumento da sobrevivência política, vão buscar outras siglas.
Pancadinha sabe que lá na frente, na disputa pelo comando do cobiçado centro administrativo Firmino Alves, terá que enfrentar o prefeito Augusto Castro (PSD-reeleição) e o PT, que não vai abrir mão de candidatura própria, contrariando Josias Gomes, ex-presidente estadual da legenda, que passou a ser um entusiasmado defensor do apoio do Partido dos Trabalhadores ao segundo mandato do chefe do Executivo.
Pancadinha terá que ousar no desafio de enfrentar duas máquinas, a do município e do estado. Sem falar que vai ter que encarar lideranças políticas graúdas, como o senador Otto Alencar, do partido de Augusto, e as três do lulopetismo da Boa Terra : o governador Jerônimo Rodrigues, o também senador Jaques Wagner e Rui Costa, ministro da Casa Civil.
Procurar uma sigla que possa lhe dar apoio financeiro e logístico, passa a ser imprescindível para o desenrolar da campanha do deputado-prefeiturável.
Para muitos eleitores, o assunto sucessão municipal é inoportuno e intempestivo, que é cedo para falar do pleito de 2024. Ledo engano. Nos bastidores, nas reuniões dos partidos, nas conversas de rua, o tema já é pauta obrigatória.
Assim como no direito, a política não costuma socorrer os que dormem.
Bom dia! Bom dia!