Nos finais da década de 60 surgiu no Brasil uma expressão do vocabulário político para conceituar de forma jocosa, militantes de esquerda que mais se preocupavam com festas que compunham as lutas políticas do que com a própria luta em si. Essa alcunha era direcionada àquelas pessoas que falavam da derrubada do regime e suas lutas em bares e festas, mas que não se dispunham a fazer a luta real e concreta.
Podemos fazer uma boa analogia...um paralelo...com o sindicalismo baiano dos últimos anos... principalmente o sindicalismo de maioria dos servidores públicos.
Esses se encantam e estão encantados com o governo do Estado, falam de lutas e ideias nas festas, abraçam e tiram selfies e fotos com dirigentes do Estado, mas não fazem a luta real. Esse é o sindicalismo festivo... primo irmão do peleguismo.
Tem um arcabouço que parece, mas que não é. E essa aparência é muito ampla e esconde a real feição do peleguismo Sindical.
Aliás, o peleguismo Sindical (aquela interface, entre os filiados sindicais e os patrões, que impede machucar os lados envolvidos...impede o atrito entre as partes. E que por essa atitude protege o mais forte e massacra o mais fraco).
Esse peleguismo encontrou outra atitude visivelmente dócil e subserviente com sua expressão festiva e de reverência aos poderes. Homenageia tudo, comemora tudo e tenta nos impor una perspectiva de CALMA, TRANQUILIDADE e CONTROLE sobre nossos desejos.
Esse é o Sindicalismo Festivo.
FIQUEMOS ATENTOS!
Por Denilson Campos Neves (IPC/PCBA)