Geddel Vieira Lima, que já foi do primeiríssimo escalão dos governos do PT na presidência da República, ao ser questionado sobre o bafafá da indicação de Aline Peixoto para o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), usou a tática de não se indispor com as três principais lideranças do lulopetismo da Boa Terra: o governador Jerônimo Rodrigues, o senador Jaques Wagner e Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil.
Em relação a Wagner, que foi incisivamente contra as articulações para que Aline, esposa de Rui Costa, seja conselheira vitalícia do Tribunal, com um salário mensal de R$ 41mil, Geddel disse que o líder do governo Lula 3 no Senado "deve ser ouvido sempre pelas forças políticas que comandam a Bahia".
E, como não bastasse, continuou rasgando elogios: "Wagner é um sujeito da história política da Bahia. Ele que iniciou esse projeto político que comanda o Estado até hoje".
Quanto a Rui Costa, hoje em um dos cargos mais cobiçados do governo Lula 3, o emedebista saiu pela tangente, dizendo que não tem "opinião formada" sobre a candidatura ao TCM da ex-primeira-dama. E o governador Jerônimo Rodrigues? Aí Geddel envolveu o seu partido, o MDB: "Irá se posicionar de acordo com a base de Jerônimo na Assembleia Legislativa". Ou seja, a favor do emprego de Aline Peixoto. Mas o que chamou mais atenção nas palavras de Geddel, foi ele dizer que "quem não concordasse com isso", se referindo a indicação de Aline, tinha que estar "fora do governo".
Obviamente falando para os deputados da base aliada governista e não para Wagner. Geddel comete um erro, e também uma injustiça, quando diz que Wagner levou um "desconhecido" Jerônimo Rodrigues a ser governador, esquecendo que o protagonista-mor da eleição de JR foi Rui Costa, então chefe do Palácio de Ondina. Com efeito, Wagner chegou a ser contra a candidatura do "desconhecido".
Geddel Vieira Lima, na sua entrevista, terminou ficando bem com todos, todas e todes.
(COLUNA WENSE, SEXTA, 24.02.2023).
Bom dia! Bom dia!