Não é por acaso que o futebol brasileiro vem fazendo péssimas campanhas nas últimas Copas, reflexo das más administrações adotadas nos considerados grandes clubes, quase todos falidos e sobrevivendo à base da inconfessável lavagem de dinheiro, única saída para SAFar a onça dos que se encontram endividados, melhor dizendo, CITYados.
Cabe-me analisar friamente, como antigo torcedor, dentre tantos outros, o Esporte Clube Vitória, entregue às traças, com um plantel digno de pena, e ainda agarrado ao pior esquema político que nada acrescentou à sua gloriosa história. É incontestável a falta de comando no clube, tendo à frente um presidente pusilânime, incompetente, sem a mínima noção de liderança e que desconhece por completo o mundo do futebol.
O milagre ocorrido em 2022, surpreendendo a todos com o retrono à Segundona, infelizmente durou pouco. A realidade nua e crua mostra um cenário desalentador, com a eliminação pela quinta vez consecutiva da disputa do quadrangular final do regional, seguramente se estendendo às demais comepetições, como Copa do Nordeste, Copa do Brasil logo na saída contra o Nova Iguaçu e, finalmente, retorno à Terceirona. Não vislumbro outra perspectiva pelo andar da carruagem. Como está é que não pode ficar. Convenço-me que aqui se pratica o pior futebol do Brasil, sobrevivendo graças à participação decisiva da TVE ao transmitir todos os jogos de um campeonato altamente deficitário.
O Vitória se transformou no maior saco de pancadas do Nordeste, fazendo lembrar o Íbis, folclórico time pernambucano famoso pelo escasso número de vitórias. Seria um ato de grandeza do ainda presidente Fábio Mota - quem sabe até desestimulado com a recente derrota de seu candidato ao governo estadual -, declinar da presidência em conformidade com os dispositivos estatutários do clube. Algo de imediato tem se ser feito, para ontem, sob pena de assistirmos a extinção do decano, e antes disso, lembrar que o jogo contra o arquirrival pela Copa do Nordeste será novamente na Fonte Nova, com torcida única, decisivo para suas pretensões.
Preocupa-me bastante o aspecto político, por motivos óbvios. Ainda mais com Leo Gamalho em campo, totalmente fora de sintonia, preocupado apenas com o estiloso rabo de cavalo. Na carência de bons jogadores, que se dê oportunidade aos jovens oriundos do próprio campeonato regional, colocando alguns Sub-20 no banco de reservas. O orçamento do clube vai agradecer. Léo Condé é um bom treinador, falta apenas quem queira honrar a camisa rubro negra. Que tal a torcida confeccionar faixas e cartazes pedindo a saída do presidente?.
Jorge Braga Barretto
Contato: jbbarretto@gmail.com
(*) Publicado no Jornal A Tarde, (Espaço do Leitor), edição de 28.02.2023.