ARTICULISTAS GRATIDÃO
O APOIO DE JERÔNIMO A AUGUSTO CASTRO
COLUNA WENSE, DOMINGO, 05.03.2023
05/03/2023 12h57
Por: Carlos Nascimento Fonte: MARCOS WENSE

O augustianismo, depois das palavras do governador Jerônimo Rodrigues (PT), que declarou gratidão pelo apoio do prefeito Augusto Castro (PSD) na sucessão estadual, tem como favas contadas que a maior autoridade da Bahia será o principal "cabo eleitoral" do segundo mandato (reeleição) do chefe do Executivo municipal. 

Sem dúvida, um invejável e significativo esteio para que o alcaide permaneça por mais quatro anos no comando do cobiçado centro administrativo Firmino Alves, quebrando assim o tabu de que nenhum alcaide conseguiu se reeleger na história política do município. 

E como fica o PT de Itabuna, cuja maioria do diretório defende candidatura própria ? O imbróglio, pelo andar da carruagem, vai terminar envolvendo o comando nacional da legenda. A direção do partido deve se reunir para analisar as declarações de Jerônimo Rodrigues. 

Quais serão as consequências políticas desse apoio do governador a Augusto Castro ? Cito duas : 1) o antipetismo vai ser direcionado para o candidato com mais chance de derrotar o gestor de plantão, que passa a ser o nome do PT na sucessão de 2024, o representante do lulopetismo no pleito sucessório. 2) o fortalecimento da opinião de que somente a união dos prefeituráveis que fazem oposição ao governo municipal pode evitar o segundo mandato de Augusto.

Em relação ao primeiro ponto, vale lembrar que a votação de ACM Neto em Itabuna, na sucessão estadual, superou a de Jerônimo Rodrigues com uma frente de mais de 25 mil votos. O então candidato do União Brasil obteve 68.739 votos. O petista 43.661. 

Outro detalhe, que não pode passar despercebido, diz respeito ao chamado "voto útil". Ao perceber que tal candidato é o único que pode derrotar o nome do PT no pleito de 2024, o antipetismo se transforma em um considerável "cabo eleitoral". 

Quanto ao ponto 2, se não houver um entendimento entre o médico Isaac Nery (Republicanos), o vice-prefeito Enderson Guinho (União Brasil), o ex-gestor Capitão Azevedo (PDT) e o deputado estadual Pancadinha (Solidariedade), a vaca vai pro brejo. O tabu da reeleição perde a "virgindade". 

Outra consequência, que poderia ser o ponto 3, diz respeito ao Republicanos, sob a batuta do deputado-bispo Márcio Marinho. O apoio do governador Jerônimo Rodrigues a Augusto afasta a sigla de uma eventual aproximação com o governo municipal. 

Essa implacável perseguição ao ex-prefeito Geraldo Simões, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores em Itabuna, gestor por duas vezes da cidade, que já foi deputado estadual e federal por dois mandatos, vai ficar na história do município como a mais intensa e cruel.

Agora é esperar as pesquisas de intenções de voto, com institutos que tenham credibilidade, para que se possa fazer uma análise com um cenário menos embaçado, com pouco nevoeiro. 

PS (1) - O apoio do governador ao segundo mandato do prefeito faz com que partidos da sua base aliada, mais especificamente identificados com o campo da esquerda, como o PSB e PCdoB, se aproximem ainda mais da reeleição. Os comunistas, como são mestres nas articulações para indicar o vice na majoritária, vão condicionar o apoio da legenda à indicação do companheiro de chapa de Augusto. Foi assim com Geraldo Simões, Renato Costa e Vane do Renascer. 

PS (2) -  O pontapé inicial da sucessão vai ser dado pela TVI, no programa Alerta Cidade. Todos que já se declararam como prefeituráveis, incluindo aí Augusto Castro, serão convidados para uma entrevista. 

Bom dia! Bom dia!

O APOIO DE JERÔNIMO A AUGUSTO CASTRO
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O APOIO DE JERÔNIMO A AUGUSTO CASTRO
COLUNA WENSE, DOMINGO, 05.03.2023
05/03/2023 12h57
Por: Carlos Nascimento Fonte: MARCOS WENSE

O augustianismo, depois das palavras do governador Jerônimo Rodrigues (PT), que declarou gratidão pelo apoio do prefeito Augusto Castro (PSD) na sucessão estadual, tem como favas contadas que a maior autoridade da Bahia será o principal "cabo eleitoral" do segundo mandato (reeleição) do chefe do Executivo municipal. 

Sem dúvida, um invejável e significativo esteio para que o alcaide permaneça por mais quatro anos no comando do cobiçado centro administrativo Firmino Alves, quebrando assim o tabu de que nenhum alcaide conseguiu se reeleger na história política do município. 

E como fica o PT de Itabuna, cuja maioria do diretório defende candidatura própria ? O imbróglio, pelo andar da carruagem, vai terminar envolvendo o comando nacional da legenda. A direção do partido deve se reunir para analisar as declarações de Jerônimo Rodrigues. 

Quais serão as consequências políticas desse apoio do governador a Augusto Castro ? Cito duas : 1) o antipetismo vai ser direcionado para o candidato com mais chance de derrotar o gestor de plantão, que passa a ser o nome do PT na sucessão de 2024, o representante do lulopetismo no pleito sucessório. 2) o fortalecimento da opinião de que somente a união dos prefeituráveis que fazem oposição ao governo municipal pode evitar o segundo mandato de Augusto.

Em relação ao primeiro ponto, vale lembrar que a votação de ACM Neto em Itabuna, na sucessão estadual, superou a de Jerônimo Rodrigues com uma frente de mais de 25 mil votos. O então candidato do União Brasil obteve 68.739 votos. O petista 43.661. 

Outro detalhe, que não pode passar despercebido, diz respeito ao chamado "voto útil". Ao perceber que tal candidato é o único que pode derrotar o nome do PT no pleito de 2024, o antipetismo se transforma em um considerável "cabo eleitoral". 

Quanto ao ponto 2, se não houver um entendimento entre o médico Isaac Nery (Republicanos), o vice-prefeito Enderson Guinho (União Brasil), o ex-gestor Capitão Azevedo (PDT) e o deputado estadual Pancadinha (Solidariedade), a vaca vai pro brejo. O tabu da reeleição perde a "virgindade". 

Outra consequência, que poderia ser o ponto 3, diz respeito ao Republicanos, sob a batuta do deputado-bispo Márcio Marinho. O apoio do governador Jerônimo Rodrigues a Augusto afasta a sigla de uma eventual aproximação com o governo municipal. 

Essa implacável perseguição ao ex-prefeito Geraldo Simões, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores em Itabuna, gestor por duas vezes da cidade, que já foi deputado estadual e federal por dois mandatos, vai ficar na história do município como a mais intensa e cruel.

Agora é esperar as pesquisas de intenções de voto, com institutos que tenham credibilidade, para que se possa fazer uma análise com um cenário menos embaçado, com pouco nevoeiro. 

PS (1) - O apoio do governador ao segundo mandato do prefeito faz com que partidos da sua base aliada, mais especificamente identificados com o campo da esquerda, como o PSB e PCdoB, se aproximem ainda mais da reeleição. Os comunistas, como são mestres nas articulações para indicar o vice na majoritária, vão condicionar o apoio da legenda à indicação do companheiro de chapa de Augusto. Foi assim com Geraldo Simões, Renato Costa e Vane do Renascer. 

PS (2) -  O pontapé inicial da sucessão vai ser dado pela TVI, no programa Alerta Cidade. Todos que já se declararam como prefeituráveis, incluindo aí Augusto Castro, serão convidados para uma entrevista. 

Bom dia! Bom dia!