A "Caravana de Bolsonaro" sofreu um preocupante revés com o escândalo das joias. O ex-chefe do Palácio do Planalto pretendia viajar por todo o país, tendo ao lado a esposa Michelle Bolsonaro, que, pelo andar das apurações, vai terminar sem condições de explicar o inexplicável. Por conta dessa nova estripulia, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro está sendo aconselhado a permanecer nos EUA.
O "mito" sabe que a Justiça brasileira está de olho nele. Em conversas reservadas, admite que dificilmente disputará a sucessão de 2026, já que considera a decretação da sua inelegibilidade como favas contadas. A possibilidade de ser preso é também discutida no bolsonarismo. Comentei aqui, salvo engano por duas vezes, que a "Caravana de Bolsonaro", além de visar o aspecto político-eleitoral, passa a ser uma estratégia para intimidar uma eventual decisão de prendê-lo.
O bombardeio jurídico é grande, envolve quase todas as instituições do Poder Judiciário, tendo como destaque sua instância máxima, o Supremo Tribunal Federal (STF). E ainda tem o Ministério Público (MP) e o Tribunal de Contas da União (TCU), que são instituições, que mesmo fazendo parte do Sistema de Justiça, são independentes, não estão subordinadas a nenhum dos Poderes da República, o Judiciário, Executivo e Legislativo.
Não sei informar como anda o inglês do ex-morador mais ilustre do Alvorada. Presumo que seja horrível. Mas sua permanência nos EUA vai ajudá-lo a falar com menos constrangimento.
(COLUNA WENSE, TERÇA, 07.03.2023.
Bom dia! Bom dia!